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Arquivo : Gols de falta

Cai o número de gols de falta no Brasileirão
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Rodolfo Rodrigues

O Campeonato Brasileiro de 2016 fechou com 912 gols em 359 jogos, média de 2,41 por partida. A terceira pior na era dos pontos corridos, desde 2003. Apenas em 2014 (2,26) e 2015 (2,36) as médias foram piores. E desses 912 gols feitos em 2016, apenas 17 foram de falta. Média de um gol de falta a cada 21 jogos. Muito pouco.

Nos últimos anos, esse número vem caindo drasticamente. Em 2010, foram 44 gols de falta. Em 2013, foram 46. Quase três mais do que o número atual.

Gols de falta no Brasileirão nos últimos anos
2010 – 44
2011 – 44
2012 – 36
2013 – 46
2014 – 27
2015 – 29
2016 – 17

E dos 17 gols de falta nesse ano, apenas dois jogadores conseguiram marcar mais de uma vez: Gustavo Scarpa, do Fluminense, e Marinho, do Vitória, com dois gols cada. Os outros 13 jogadores que marcaram de falta na Série A de 2016 foram: Lucas Fernandes e Maicon (São Paulo), Lucas Lima e Vítor Bueno (Santos), Arrascaeta (Cruzeiro), Arthur Maia e Hyoran (Chapecoense), Otero e Rafael Carioca (Atlético-MG),  Roberto (Santa Cruz), Camilo (Botafogo), Diego Souza (Sport) e Juan (Coritiba).

Dos 20 clubes participantes, nove não marcaram gols de falta: América-MG, Atlético-PR, Corinthians, Figueirense, Flamengo, Grêmio, Internacional, Palmeiras e Ponte Preta. O Corinthians, aliás, fez seu último gol de falta no dia 9 de julho de 2015, com Jádson. Desde então, já são 95 jogos sem um único gol de falta marcado.


Escassez de gols de falta nos grandes clubes do Brasil
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Rodolfo Rodrigues

Um antigo e sempre útil recurso vendo sendo cada vez menos utilizados pelos clubes brasileiros: gols de falta. A ausência de especialistas e cobradores mesmo estão fazendo com que os times deixem de marcar gols dessa maneira. Para se ter uma ideia, em 2016, seis dos 12 grandes clubes do país ainda não balançaram as redes com gols de falta. Pior, não marcam há quase um ano.

Atlético-MG e Palmeiras, já superaram esse período. O último gol de falta do Galo foi no Campeonato Mineiro de 2015, com Dátolo, na vitória por 2 x 0 sobre o Tupi, no dia 1 de fevereiro. Já o Palmeiras fez de falta pela última vez no dia 28 de fevereiro, com Robinho, quando o time bateu o Capivariano por 2 x 0. Ambos somam hoje 83 partidas sem marcar um gol de falta.

Corinthians e São Paulo, que já tiveram grandes especialistas, como Neto, Marcelinho Carioca e Rogério Ceni, vivem um jejum parecido. Assim como o Vasco, que recentemente teve Juninho Pernambucano, e o Internacional. Os quatro clubes fizeram gols de falta pela última vez em junho e julho de 2015.

O Corinthians, que ano passado viu Jadson marcar três vezes de falta (a última contra o Atlético-PR, pelo Brasileirão, no dia 9 de julho), já não faz de tiro livre direto há 48 jogos. O São Paulo, por sua vez, viu seu último gol de falta com Michel Bastos, no dia 3 de junho (na vitória contra o Santos por 3 x 2 no Brasileirão). Desde então, já soma 60 partidas sem marcar de falta. Para ver como esse número é baixo, Marcelinho Carioca e Ceni já chegaram a marcar 12 gols de falta em um único ano (1996 e 2005, respectivamente).

Vasco (51 jogos – o último foi de Rodrigo contra o Cruzeiro, no dia 13 de junho) e Inter (53 jogos sem marcar de falta – Valdívia fez no dia 28 de junho), completam a lista dos grandes que estão há mais tempo sem marcar gol de falta.

Em 2016, os grandes que marcaram até agora foram: Fluminense e Grêmio (duas vezes cada), Botafogo, Cruzeiro, Flamengo e Santos. No Flu, Gustavo Scarpa fez dois gols – feito que nenhum outro jogador dos 12 grandes conseguiu. No Grêmio, Luan e o zagueiro Fred fizeram de falta. Fred, aliás, foi o recordista de gols de falta no último brasileiro com 4 gols. Mancuello (Flamengo), Emerson Santos (Botafogo), Sánchez Miño (Cruzeiro) e Victor Ferraz (Santos), completam a lista.

Em São Paulo, o veterano Marcelinho Paraíba, de 40 anos, anotou dois gols de falta pelo Oeste. Mais do que a soma dos quatro grandes do estado (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo) no ano.


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