Futebol em Números

Expulsões na Libertadores: pesadelo corintiano
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Rodolfo Rodrigues

O Corinthians já disputou 107 partidas na Libertadores e teve até hoje 27 jogadores expulsos. Média de 0,25 por partida. Ou um a cada quatro jogos. Apenas o Vasco, entre os clubes brasileiros, tem média superior (0,27). E das 27 derrotas sofridas pelo Corinthians em sua história da Libertadores, 10 foram em jogos em que teve jogadores expulsos. Grande maioria por jogadas infantis de seus jogadores. Como hoje, na derrota por 3 x 2 para o Cerro Porteño, do Paraguai, num jogo que parecia tranquilo após a vitória corintiana por 1 x 0 no intervalo.

André, aos 7 minutos, e Rodriguinho, aos 28 minutos do segundo tempo, foram expulsos depois já terem levado o cartão amarelo. André foi expulso três minutos após o empate do Cerro, que virou o jogo dois minutos após Rodriguinho levar o vermelho de modo totalmente irresponsável. Dos 9 cartões amarelos do jogo, 8 foram para jogadores do Corinthians. Número altíssimo.

Em alguns mata-matas, as expulsões prejudicaram diretamente o Corinthians, como em 2003, quando Kléber caiu na provocação de D'Alessandro e foi expulso aos 32 do 2º. Depois disso o Corinthians levou a virada. No jogo de volta, no Morumbi, foi a vez do outro lateral esquerdo, Roger, ser expulso ainda no primeiro tempo quando o Corinthians vencia por 1 x 0 (levou a virada novamente). Em 2006, também contra o River Plate, Mascherano foi expulso quando o jogo estava 2 x 1 para o River e o Corinthians levou o terceiro gol. Em 2011, na fatídica pré-Libertadores contra o Tolima, Cachito Ramírez foi expulso logo depois de entrar em campo e o Corinthians, que já perdia por 1 x 0, ficou sem forças, acabou levando o segundo gol e foi eliminado.

Ano passado, o time estreou contra o Once Caldas e teve dois expulsos (Guerrero e Fábio Santos). Na primeira fase, no jogo contra o São Paulo, no Morumbi, perdeu a invencibilidade depois que Emerson foi expulso aos 19 do 1º tempo. Depois, Mendonza acabou se envolvendo em confusão com Luis Fabiano e também levou o vermelho. Já na eliminação para o Guaraní do Paraguai, na Arena Corinthians, nas oitavas, o Corinthians perdeu Fábio Santos e Jadson no segundo tempo, antes de sofrer o gol da derrota.

Em alguns jogos, o time também teve jogadores expulsos por bobeira, mas deu sorte de conseguir o empate ou a vitória. Jorge Henrique no empate contra o Emelec, nas oitavas de 2012, no Equador, foi um caso. Assim como Emerson Sheik, na primeira semifinal contra o Santos, na Vila Belmiro de 2012.

Derrotas do Corinthians em Libertadores com expulsões:
27/2/99 – Palmeiras 1 x 0 Corinthians

Kléber aos 35 do 1º; Marcelinho Carioca aos 37 do 2º

24/3/99 – Cerro Porteño-PAR 3 x 0 Corinthians
Rincón aos 19 do 2º

1/5/03 – River Plate-ARG 2 x 1 Corinthians
Kléber aos 32 do 2º (Corinthians levou a virada)

14/5/03 – Corinthians 1 x 2 River Plate-ARG
Roger Guerreiro 44 do 1º (Corinthians levou a virada) e Fabinho 44 do 2º

9/3/06 – Tigres-MEX 2 x 0 Corinthians
Marcelo Mattos 6 do 2º (Corinthians levou os gols em seguida)

26/4/06 – River Plate-ARG 3 x 2 Corinthians
Mascherano aos 22 do 2º (jogo estava 2 x 1 para o River)

2/2/11 – Tolima-COL 2 x 0 Corinthians
Luis Ramírez 27 do 2º (estava 1 x 0)

22/4/15 – São Paulo 2 x 0 Corinthians
Emerson 19 do 1º (levou dois gols depois) e Mendoza 10 do 2º

13/5/15 – Corinthians 0 x 1 Guaraní-PAR
Fábio Santos 8 e Jadson 24 do 2º

9/3/16 – Cerro Porteño-PAR 3 x 2 Corinthians
André 7 e Rodriguinho 28 do 2º (estava 1 x 0 para o Corinthians)

Outras expulsões
29/3/91 – Corinthians 4 x 1 Bella Vista-URU
Wilson Mano aos 36 do 2º

19/3/96 – Univ. Católica-CHI 2 x 3 Corinthians
Célio Silva aos 9 do 2º

16/4/96 – Corinthians 3 x 1 Univ. de Chile-CHI
Sylvinho aos 40 do 2º

12/5/99 – Corinthians 2 x 0 Palmeiras
Edílson 42 do 1º

5/4/00 – Corinthians 2 x 1 América-MEX
Edu 41 do 2º

19/2/03 – Fénix-URU 1 x 2 Corinthians
Fumagalli 45 do 2º

6/4/06 – Univ. Católica-CHI 2 x 3 Corinthians
Wendel 12 e Gustavo Nery 28 do 2º

2/5/12 – Emelec-EQU 0 x 0 Corinthians
Jorge Henrique 7 do 2º

13/6/12 – Santos 0 x 1 Corinthians
Emerson aos 32 do 2º

4/2/15 – Corinthians 4 x 0 Once Caldas-COL
Guerrero aos 27 do 1º e Fábio Santos 46 do 2º

Tags : Corinthians


Atlético Nacional-COL surge como forte candidato na Libertadores
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Rodolfo Rodrigues

Campeão do Torneio Finalización de 2015, o Atlético Nacional de Medellín se tornou o clube com mais títulos nacionais na história do futebol colombiano, com 15 conquistas, uma a mais do que o Millonários e duas a mais do que o América de Cali.

O técnico Reinaldo Rueda, que já comandou a seleção colombiana entre 2004 e 2006 e que levou Honduras para a Copa do Mundo de 2010 e Equador a de 2014, foi quem levou o time ao título nacional em 2015 e o responsável por montar a equipe que vem destacando nesse início de Libertadores.

Até agora, em três jogos pelo grupo 4, o Atlético Nacional venceu todas e ainda não sofreu gol. Bateu o Huracán, na Argentina, por 2 x 0, passou fácil pelo Sporting Cristal-PER na segunda rodada (3 x 0) e ontem venceu o Peñarol-URU por 2 x 0, em casa, jogando um grande futebol.

O time de Reinaldo Rueda vem mostrando um futebol ofensivo e ao mesmo tempo muito seguro na defesa. Na estreia, contra o Huracán, deu 16 chutes a gol contra 10 do time argentino e teve mais posse de bola (60% a 40%). Contra o Sporting Cristal, foram novamente 16 chutes a gol (contra 4 dos peruano) e 66% a 34% na posse de bola. Ontem, contra o Peñarol-URU, o Nacional de Medellín foi ainda melhor. Foram 17 chutes a gol contra apenas 3 dos uruguaios e 74% contra 26% na posse de bola.

Jogando no 4-2-3-1, o Atlético Nacional, único time com três vitórias em três jogos nessa Libertadores, tem como destaques alguns jogadores jovens, como o zagueiro Davinson Sánchez, de 19 anos, e o veloz e habilidoso atacante Marlos Moreno, também de 19 anos, que já marcou 3 gols e deus 2 assistências nessa Libertadores.

Outros bons nomes do elenco são o goleiro argentino Franco Armani, no clube desde 2010; o lateral direito Bocanegra, de 29 anos, que vem sendo convocado na seleção colombiana; o zagueiro Alexis Henríquez, campeão da Libertadores de 2004 pelo Once Caldas; o volante Alexandre Mejía, titular da seleção colombiana; o meia venezuelano Alejandro Guerra; o rápido atancante Jonathan Copete, ex-Vélez Sarsfield-ARG; e o centroavante Victor Ibarbo, ex-Cagliari-ITA, Roma-ITA e Watford-ING.

Além disso, o elenco do time ainda conta com os experientes Shermán Cárdenas, que jogou no Atlético-MG em 2015; e o meia McNelly Torres, da seleção colombiana, ex-Colo-Colo-CHI e que já foi pretendido pelo Palmeiras.

No Campeonato Colombiano de 2016, o Atlético Nacional é o atual vice-líder com cinco vitórias e uma derrota em seis jogos, um ponto atrás do Junior Barranquilla, que tem um jogo a mais.

Campeão da Libertadores de 1989, na época com o folclórico goleiro René Higuita, e vice-campeão em 1995, o Atlético Nacional surge como forte candidato ao título dessa Libertadores de 2016. Brasileiros e argentinos que fiquem de olho.


São Paulo e Flamengo têm público decepcionante nos Estaduais
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Rodolfo Rodrigues

Os campeonatos estaduais do Brasil estão chegando à metade da primeira fase em quase todo o Brasil. No Paulistão, o campeonato está na 8ª rodada das 15 dessa primeira fase. No Rio de Janeiro, acabou a Taça Guanabara após 8 rodadas também. Em geral, os clubes fizeram até agora de 6 a 8 jogos, sendo 3 ou 4 como mandantes.

Até aqui, o público desses campeonatos anda nada empolgante. O Paulistão, que tem a melhor média, registra 6.611 torcedores em média por partida. No Rio de Janeiro, são apenas 2.687 pagantes por jogo (8ª melhor média entre os Estaduais do Brasil em andamento). Os grandes clubes também estão decepcionando após pouco mais de um mês de competição.

Apenas Corinthians e Palmeiras têm média superior a 20 mil pagantes. Flamengo e São Paulo, clubes que têm enormes torcidas, até agora só levaram 5.564 e 6135 torcedores em média por partida, respectivamente. Muito pouco. No ranking geral da média de público dos Estaduais, o São Paulo tem apenas a 24ª melhor média. Já o Flamengo ocupa a 27ª colocação, atrás do Campinense da Paraíba. O Botafogo, melhor equipe do Carioca, consegue ser ainda pior com uma média de 3.655 torcedores.

Maiores médias de público dos Estaduais 2016:

Corinthians29796
Palmeiras20305
Cruzeiro14707
Grêmio14545
Paysandu-PA11234
Fluminense11120
Uberlândia-MG10914
Remo-PA10581
Itumbiara-GO10198
Internacional9667
Sport9514
CSA-AL9403
Atlético-MG8937
Santos8594
Oeste-SP8583
Coritiba7890
Vasco7200
Goiás6928
Paraná6853
Bahia6743
Botafogo-SP6672
América-RN6340
Anapolina-GO6314
Vitória-BA6194
São Paulo6135
Campinense-PB5880
Flamengo5564
Ponte Preta5550
Botafogo-PB5471
Bragantino-SP5462
Santa Cruz-PE5410
Náutico-PE5139
Chapecoense4942
Atlético-PR4503
Joinville-SC4267
Ceará4150
Avaí-SC3886
Botafogo-RJ3655
Figueirense-SC3652
Vila Nova-GO3585

Técnicos estrangeiros não vingam no Brasil
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Rodolfo Rodrigues

Não sou contra técnico estrangeiro. Nas grandes ligas da Europa, os principais times são comandados por gringos. No Brasil, porém, contratar treinador de fora não funciona. Acredito que muitos deles não acompanham o futebol brasileiro pela TV. Chegam sem conhecer os jogadores, os adversários, nada. Chegam no escuro mesmo. E muitas vezes trazem ou prestigiam jogadores estrangeiros. Talvez aí o maior erro deles. Perdem assim o grupo e o respeito com os jogadores brasileiros, que, sim, fazem corpo mole por se sentirem preteridos por atletas e comandantes de outra nacionalidade.

O tempo de adaptação também é cruel para os técnicos estrangeiros. Eles têm pouco tempo para conhecer toda essa atmosfera. Simplesmente não conseguem. Rapidamente a torcida, os dirigentes e até a imprensa já pedem a cabeça desses técnicos.

Para se ter uma ideia de como isso não funciona na prática, nenhum técnico estrangeiro foi campeão comandando um clube brasileiro nas 17 conquistas da Libertadores ou nos 10 Mundiais de Clubes. Em torneios nacionais, nenhum treinador de fora também teve o gostinho de ser campeão da Taça Brasil (10 edições), do Robertão (4 edições), do Brasileirão (45 edições) ou da Copa do Brasil (27 edições).

Dos anos 60 para cá, foram pouquíssimos os técnicos com boas e marcantes passagens pelo futebol brasileiro. Quem se deu bem, geralmente, foram técnicos com história como jogador no país. Como o goleiro José Poy, que disputou mais de 500 jogos pelo clube e é o segundo técnico que mais treinou o clube. O argentino Poy, que só treinou clubes brasileiros, porém, conquistou apenas um título pelo São Paulo: o Paulistão de 1975. Desde então, nenhum outro técnico gringo venceu o Campeonato Paulista. O uruguaio Fleitas Solich e o argentino Filpo Núñez conseguiram destaques nas décadas de 60 e 70. E só.

Recentemente, vimos vários casos de técnicos de renome que chegaram ao Brasil e logo saíram. Todos sem títulos. Foi assim com o argentino Daniel Passarella, no Corinthians, em 2005; com Ricardo Gareca e seus vários argentinos no Palmeiras, em 2014 (durou apenas 14 jogos); Com o uruguaio Jorge Fossatti, no Internacional em 2010; O colombiano Juan Carlos Osório, no São Paulo, em 2015, que durou pouco e teve altos e baixos; além de Diego Aguirre, demitido pelo Internacional e hoje questionado no Atlético-MG. O Atlético-PR, que buscou o técnico espanhol Miguel Ángel Portugal em 2014, mandou rapidamente o treinador embora.

Hoje, no São Paulo, Edgardo Bauza já está na corda bamba após 11 jogos. Bauza perdeu em casa para o The Strongest e, ontem, para o São Bernardo pelo Paulistão. Já soma quatro derrotas em 11 jogos. E tem o River Plate, campeão da Libertadores, em Buenos Aires, na próxima quarta. É de se questionar essa escolha dos dirigentes em apostar nos técnicos gringos já que quase todos tiveram o mesmo destino: pouco tempo de cargo, nenhum título e demissão.


Cristiano Ronaldo: 2º maior artilheiro do Espanhol na história
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Rodolfo Rodrigues

Autor de 4 gols na goleada do Real Madrid por 7 a 1 sobre o Celta, hoje, o atacante Cristiano Ronaldo chegou a marca de 253 gols na história do Campeonato Espanhol e se tornou o segundo maior artilheiro da história da competição atrás apenas de Messi, que marcou 305 gols.

Cristiano Ronaldo superou Telmo Zarra, que entre 1940 e 1955 anotou 251 gols pelo Athletic Bilbao. O atacante português marcou 4 gols em um único jogo no Campeonato Espanhol pela sexta vez hoje. Zarra é o recordista ainda nesse quesito com 8 jogos com 4 gols em cada. Os quatro gols de hoje colocaram Cristiano Ronaldo na artilharia do Campeonato Espanhol 2015/16 com 27 gols, dois a mais do que o uruguaio Luis Suárez, do Barcelona. Além disso, o português assume a liderança da Chuteira de Ouro Europeia com 54 pontos, a frente do brasileiro Jonas, do Benfica, que tem 52 gols.

Com 253 gols em 228 jogos na Liga Espanhola, Cristiano Ronaldo tem uma média 1,11 gol por partida. Superior a do argentino Lionel Messi (0,91), que marcou 305 gols em 337 jogos. Dos 75 jogadores com mais de 100 gols pelo Campeonato Espanhol desde 1933, apenas Isidro Lángara, que fez 104 gols em 90 partidas, tem melhor média do que Cristiano Ronaldo (1,16).

Maiores artilheiros do Campeonato Espanhol*
1º Lionel Messi (305)
2º Cristiano Ronaldo (253)
3º Telmo Zarra (251)
4º Hugo Sánchez (234)
5º Raúl (228)
6º Di Stéfano (227)
7º César Rodríguez (221)
8º Quini (219)9º Pahiño (211)
10º Mundo (195)

Brasileiros com mais gols no Campeonato Espanhol
Ronaldo (117)
Waldo (115)Rivaldo (107)
Bebeto (86)
Evaristo de Macedo (82)
Luis Fabiano (72)
Ronaldinho (70)
Baltazar (66)
Júlio Baptista (63)
Edu (63)
Diego Costa (62)
Ricardo Oliveira (59)
Neymar (49)

* Fonte: Liga de Fútbol Profesional (LFP)


Defesa do Atlético de Madri pode fazer história na Espanha
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Rodolfo Rodrigues

Desde que chegou ao Atlético de Madri, o técnico argentino Diego Simeone conseguiu diversos feitos para o clube. Foi campeão da Liga Europa (2012), da Supercopa Europeia (2012), da Copa do Rei da Espanha (2014) e campeão espanhol em 2014 desbancando os poderosos Barcelona e Real Madrid. O clube, por pouco, não levou também a Liga dos Campeões em 2014, quando foi vice-campeão.

Agora, na temporada 2015/16, o Atlético segue vivo na Liga dos Campeões por uma vaga nas quartas de final e ocupa a segunda colocação no Campeonato Espanhol, oito pontos atrás do líder Barcelona e quatro a frente do rival Real Madrid. A equipe de Simeone, no entanto, vem impressionando por mostrar uma defesa sólida, a melhor entre os seis principais campeonatos nacionais da Europa (Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Itália e Portugal).

Em 27 jogos pelo Campeonato Espanhol, o Atlético de Madri sofreu apenas 11 gols. Foram 18 jogos sem sofrer um único gol. Apenas o Barcelona, nos dois jogos, conseguiu marcar dois gols no Atlético em uma única partida. O líder Barcelona, aliás, levou 22 gols no Espanhol, o dobro do Atlético.

A média de 0,41 gol sofrido por jogo pelo Atlético é a melhor de uma defesa nas principais ligas. Depois, aparecem as defesas do Bayern Munique-ALE (0,54 – 13 gols sofridos em 24 jogos), Paris Saint-Germain-FRA (0,54 – 15 gols sofridos em 28 jogos) e Juventus-ITA (0,56 – 15 gols sofridos em 27 jogos).

Na Espanha, desde 1933, o clube que sofreu menos gols em uma única edição do campeonato nacional foi o La Coruña, em 1993-94, que levou 18 gols em 38 jogos (média de 0,47, superior a atual do Atlético (0,41)). A defesa do time de Simeone tem o goleiro esloveno Jan Oblak, o lateral direito espanhol Juanfran, os zagueiros uruguaios Diego Godín e José Giménez e o lateral esquerdo brasileiro Filipe Luís.

Com mais 11 jogos pela frente (sem enfrentar Real Madrid ou Barcelona), o time tem tudo para se tornar o de melhor defesa na história do Campeonato Espanhol. No Campeonato Brasileiro, a melhor defesa é a do Palmeiras de 1973, que levou 13 gols em 40 jogos (0,33 por partida). Nas grandes ligas, esses são os clubes com as melhores defesas na história:
Espanha
La Coruña (1993/94) – 18 gols sofridos em 38 jogos (0,47)

Alemanha
Bayern Munique (2012/13 e 2014/15) – 18 gols sofridos em 38 jogos (0,47)

França
Olympique de Marselha (1991/92) – 21 gols sofridos em 38 jogos (0,55)

Itália
Cagliari (1969/70) – 11 gols sofridos em 30 jogos (0,37)

Inglaterra
Chelsea (2004/05) – 15 gols sofridos em 38 jogos (0,39)

Portugal
Porto (1979/80) – 9 gols sofridos em 30 jogos (0,30)


Corinthians: econômico, mas eficiente
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Rodolfo Rodrigues

Em sua estreia em casa pela Libertadores 2016, o Corinthians fez sua parte e da maneira esperada. Não brilhou, mostrou uma defesa segura e ganhou apertado – 1 x 0, gol de Guilherme.
Sem sete titulares do time campeão brasileiro, Tite ainda espera pelo entrosamento da equipe, que passa também por um período de oscilação em relação aos seus principais jogadores. Ontem, Lucca, que vinha se destacando, pouco apareceu. André também foi pouco eficiente.
O resultado colocou o Corinthians na liderança do Grupo 8 com 6 pontos, com 100% de aproveitamento e nemhum gol sofrido. Apenas o Atlético Nacional-COL também não levou gol em dois jogos (Boca, River e Deportivo Cali não tomaram gol, mas jogaram uma vez cada).
Melhor time do Paulistão e também com a melhor defesa, ao lado São Paulo (4 gols sofridos em 7 jogos), o Corinthians de Tite se mantém invicto em jogos oficiais em 2016. São 9 jogos, 7 vitórias, 2 empates, 12 gols feitos e apenas 4 sofridos. O ano começa bem, como em 2015. Mas o time ainda não brilha como o time que foi apontado como sensação no início da última Libertadores. Porém, Tite tem tempo para acertar a equipe. Coisa que tem feito muito bem no comando do Corinthians nos últimos anos.

Tags : Corinthians


Bauza repete início de Osório no São Paulo
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Rodolfo Rodrigues

A vitória do São Paulo, ontem, por 2 x 0 sobre o Mogi Mirim, pelo Paulistão, no Pacaembu, marcou a 10ª partida do técnico Edgardo Bauza no comando da equipe tricolor. O argentino conquistou nesse período 5 vitórias, 2 empates e 3 derrotas com um aproveitamento de 56,7% dos pontos. Desempenho idêntico ao último treinador contratado pelo clube, o colombiano Juan Carlos Osorio, que assumiu a equipe no dia 6 de junho do ano passado.

Ultimamente, os técnicos que estrearam pelo São Paulo não vêm conseguindo ótimos resultados nos dez primeiros jogos. Ano passado, Doriva comandou o time em apenas 9 partidas antes de ser demitido e conquistou apenas 37% dos pontos. Em 2013, Muricy teve o mesmo desempenho de Bauza e Osorio nos 10 primeiros jogos (56,7% de aproveitamento). Antes dele, Paulo Autuori (2013), Ney Franco (2012), Emerson Leão (2011), Adílson Batista (2011) e Paulo César Carpegini (2010) não conseguiram desempenho melhor. O último a ter uma boa sequência nos 10 primeiros jogos foi Ricardo Gomes, em 2009.

Desempenho dos técnicos do São Paulo em seus 10 primeiros jogos neste século XXI

Técnico (ano)VEDAprov.(%)
Bauza (2016)52356,7
Osorio (2015)52356,7
Doriva (2015)31537
Muricy (2013)52356,7
Autuori (2013)21723,3
Ney Franco (2012)41543,3
Leão (2011)51453,3
Adílson Batista (2011)35246,7
Carpegiani (2010)52356,7
Ricardo Gomes (2009)62266,7
Muricy (2006)62266,7
Autuori (2005)62266,7
Leão (2004)44253,3
Cuca (2004)81183,3
Rojas (2003)54163,3
O. de Oliveira (2002)63170
Nelsinho B. (2001)63170
Vadão (2001)52356,7

Tags : São Paulo


Gols no final salvam o Corinthians
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Rodolfo Rodrigues

Invicto na temporada, o Corinthians do técnico Tite ainda está em fase de adaptação. As peças novas da equipe, principalmente no meio de campo e no ataque, variam a cada jogo. Mas aos poucos, a equipe vem ganhando um cara. Longe ainda do time campeão brasileiro de 2015.

Ontem, contra o Oeste, na Arena Corinthians, pela 7ª rodada do Paulistão, o time jogou bem. Teve 60,4% de posse de bola contra 39,6% do adversário e deu 17 finalizações contra 5 do Oeste. A pontaria do Corinthians, porém, não anda boa. Apenas 4 de seus 17 chutes foram certos. No ano, em jogos oficiais, dá para ver também que o time anda econômico nos gols: foram apenas 11 em 8 jogos.

Com 6 vitórias em 2 empates na temporada, o Corinthians vem conseguindo também se safar com um trunfo importante: gols no final. Dos 11 que marcou em 2016, 5 saíram após os 40 minutos do segundo tempo. Sendo que 4 deles garantiram 7 pontos a mais para o alvinegro. Na estreia do Paulistão, Romero fez o gol da vitória contra o XV de Piracicaba aos 46 minutos do segundo tempo. Depois, foi a vez de Yago marcar aos 41 minutos contra o São Paulo, para garantir a vitória por 2 x 0 na Arena Corinthians.

Recentemente, nos últimos 4 jogos, 3 gols no finalzinho ajudaram o time. Na Libertadores, contra o Cobresal-CHI, Lucca iniciou a jogada do gol contra de Escalona, que deu a vitória do Corinthians por 1 x 0 aos 45 minutos da etapa final. Na última quarta-feira, contra o São Bento, já pelo Paulistão, André marcou um belo gol para empatar o jogo aos 43 minutos do segundo tempo. Ontem, contra o Oeste, Rodriguinho marcou aos 46 minutos após receber um cruzamento de Uendel. O meia, aliás, só voltou a ganhar espaço na equipe de Tite em outubro do ano passado, quando marcou justamente um gol no final de um partida (no 2 x 2 contra a Ponte Preta, fora de casa, num momento importante do Brasileirão).

Tags : Corinthians


Pequeno Leicester a caminho do título inglês
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Rodolfo Rodrigues

Faltam 11 rodadas para o fim do Campeonato Inglês, menos de 1/3 do total de 38 rodadas. O pequeno e surpreendente Leicester, que hoje venceu o Norwich City por 1 x 0 aos 44 minutos do segundo tempo, segue firme na liderança com 56 pontos. Cinco a mais do que o Tottenham, que joga amanhã contra o Swansea, e cinco a mais do que o Arsenal, que jogará fora de casa contra o Manchester United.

Com 16 vitórias em 27 jogos e apenas 3 derrotas, o Leicester, do técnico Claudio Ranieri tem hoje o melhor ataque da Premier League com 49 gols e o artilheiro do campeonato, Jamie Vardy, com 19 gols. Fundado em 1884, o Leicester tem como melhor desempenho o 2º lugar em 1928/29, um 3º lugar em 1927/28, um 4º lugar em 1962/63 e um 6º lugar em 1960/61. Recentemente, na história da Premier League, desde 1992, em nove participações, a melhor colocação do Leicester havia sido o 8º lugar em 1999/00. Naquela temporada, o time conseguiu 16 vitórias, 7 empates e 15 derrotas. Hoje, na 27ª rodada, o Leicester já soma o mesmo número de vitórias.

Além dos números positivos, o Leicester tem pela frente uma tabela de jogos bem favorável (contra adversários para quem não perdeu – dos 11 que tem pela frente, venceu 9 e empatou 2 (contra Manchester United e Southampton). Se compararmos com os adversários direitos ao título, Tottenham e Arsenal, que ainda se enfrentarão daqui duas rodadas (29ª), a vida do Leicester é mais tranquila.

Além disso, o Tottenham está na disputa pelo título da Liga Europa (está na oitavas de final e jogará contra o Borussia Dortmund-ALE), enquanto o Arsenal está nas oitavas de final da Copa da Inglaterra e ainda tem um jogo pela frente contra o Barcelona pela Liga dos Campeões da Europa. Para completar, na última rodada, o Leicester jogará fora de casa contra o Chelsea, rival de Arsenal a Tottenham, todos da cidade de Londres.

28ª rodada
Leicester x West Bromwich (13º)
West Ham (5º) x Tottenham
Arsenal x Swansea (16º)

29ª rodada
Watford (10º) x Leicester
Tottenham (2º) x Arsenal (3º)

30ª rodada
Leicester x Newcastle (18º)
Aston Villa (20º) x Tottenham
Arsenal x West Bromwich (13º)

31ª rodada
Crystal Palace (14º) x Leicester
Tottenham x Bournemouth (15º)
Everton (12º) x Arsenal

32ª rodada
Leicester x Southampton (7º)
Liverpool (9º) x Tottenham
Arsenal x Watford (10º)

33ª rodada
Sunderland (19º) x Leicester
Tottenham x Manchester United (6º)
West Ham (5º) x Arsenal

34ª rodada
Leicester x West Ham (5º)
Stoke City (8º) x Tottenham
Arsenal x Crystal Palace (14º)

35ª rodada
Leicester x Swansea (16º)
Tottenham x West Bromwich (13º)
Sunderland (19º) x Arsenal

36ª rodada
Manchester United (6º) x Leicester
Chelsea (11º) x Tottenham
Arsenal x Norwich City (17º)

37ª rodada
Leicester x Everton (12º)
Tottenham x Southampton (7º)
Manchester City (4º) x Arsenal

38ª rodada
Chelsea (11º) x Leicester
Newcastle (18º) x Tottenham
Arsenal x Aston Villa (20º)

Até hoje, dos 24 líderes da Premier League na 27ª rodada, desde 1992, 18 sagram-se campeões. Quatro foram vice e apenas dois terminaram na terceira colocação. Das zebras que lideram na 27ª, a única, até então, havia sido o Newcastle há 20 anos, na temporada 1995/96 (acabou como vice-campeão). Na temporada anterior, porém, o pequeno Blackburn surpreendeu, tirou a liderança do Manchester United, e ficou com o título da Premier League. Aliás, a única zebra desde 1992 a levantar o troféu. Desde então, apenas Manchester United (13 vezes), Chelsea (4), Arsenal (3) e Manchester City (2) foram campeões.

Pontuação dos líderes da Premier League (Campeonato Inglês desde 1992) até a 27ª rodada e a colocação de cada time:
1992/93 – Man. United (50 pontos) – 1º
1993/94 – Man. United (67 pontos) – 1º
1994/95 – Man. United (60 pontos) – 2º
1995/96 – Newcastle (63 pontos) – 2º
1996/97 – Man. United (52 pontos) – 1º
1997/98 – Man. United (54 pontos) – 2º
1998/99 – Man. United (54 pontos) – 1º
1999/00 – Man. United (58 pontos) – 1º
2000/01 – Man. United (63 pontos) – 1º
2001/02 – Man. United (57 pontos) – 3º
2002/03 – Arsenal (57 pontos) – 1º
2003/04 – Arsenal (67 pontos) – 1º
2004/05 – Chelsea (68 pontos) – 1º
2005/06 – Chelsea (69 pontos) – 1º
2006/07 – Man. United (66 pontos) – 1º
2007/08 – Arsenal (64 pontos) – 2º
2008/09 – Man. United (65 pontos) – 1º
2009/10 – Chelsea (61 pontos) – 1º
2010/11 – Man. United (57 pontos) – 1º
2011/12 – Man. City (66 pontos) – 1º
2012/13 – Man. United (68 pontos) – 1º
2013/14 – Chelsea (60 pontos) – 3º
2014/15 – Chelsea (63 pontos) – 1º
2015/16 – Leicester (56 pontos)