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Os técnicos que mais chegaram à semifinal na Liga dos Campeões
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Rodolfo Rodrigues

Técnico do Atlético de Madri desde 2012, o argentino Diego Simeone foi campeão da Liga Europa logo em seu primeiro ano pelo clube. Depois, em 2014, deu o título espanhol ao clube e chegou à final da Liga dos Campeões em sua estreia na competição – foi derrotado pelo Real Madrid na prorrogação depois de levar o gol de empate no tempo normal aos 46 minutos do segundo tempo. Em 2015, caiu nas quartas de final na Champions, novamente diante do Real Madrid. Em 2016, voltou à final da competição e mais uma vez foi derrotado pelo Real Madrid – dessa vez nos pênaltis. Agora, em 2017, o argentino, em sua quarta edição, levou o Atlético de Madri pela terceira vez à semifinal.

Depois de José Mourinho e Pep Guardiola, Simeone é o primeiro técnico a chegar em três semifinais em suas quatro primeiras edições. E, caso vá à final, pode ser o primeiro a disputar três finais nas quatro primeiras edições.

Desde 1955, um total de 136 treinadores chegaram à semifinal da Liga dos Campeões (contando também a antiga Copa dos Campeões). Desses, apenas um brasileiro, Otto Glória, vice-campeão com o Benfica em 1968. O português Leonardo Jardim, do Monaco, é o estreante em semifinal nessa edição 2016/17. Simeone está indo para a sua terceira, enquanto Zidane e Massimiliano Allegri disputarão a semifinal pela segunda vez. O francês foi campeão pelo Real Madrid na última edição, enquanto o italiano foi vice com a Juventus em 2015.

De 1955 a 2017, o técnico que mais vezes chegou à fase semifinal é o português José Mourinho, com oito participações – foi duas vezes campeão e caiu seis vezes na semi. Já o escocês Alex Ferguson, o italiano Carlo Ancelotti (que foi eliminado essa semana com o Bayern Munique nas quartas de final), e o espanhol Pep Guardiola chegaram sete vezes à semifinal.

Técnico que mais chegaram à semifinal na história da Liga dos Campeões:

8 semifinais
José Mourinho (Portugal)
2004 (campeão), com o Porto; 2005, 2007 e 2014 (semi), com o Chelsea; 2010 (campeão), com a Internazionale; e 2011, 2012 e 2013 (semi), com o Real Madrid

7 semifinais
Alex Ferguson (Escócia)
1999 e 2008 (campeão); 2009 e 2011 (vice); e 1997, 2002 e 2007 (semi), com o Manchester United

Carlo Ancelotti (Itália)
2003 e 2007 (campeão); 2005 (vice); e 2006 (semi), com o Milan; 1999 (semi), com a Juventus; 2014 (campeão); e 2015 (semi), com o Real Madrid

Pep Guardiola (Espanha)
2009 e 2011 (campeão); 2010 e 2012 (semi), com o Barcelona; 2014, 2015 e 2016 (semi), com o Bayern Munique

6 semifinais
Miguel Muñoz (Espanha)
1960 e 1966 (campeão); 1962 e 1964 (vice); 1968 e 1973 (semi), com o Real Madrid

5 semifinais
Helenio Herrera (Argentina)
1964 e 1965 (campeão); 1967 (vice); 1966 (semi), com a Internazionale; e 1960 (semi), com o Barcelona

Jupp Heynckes (Alemanha)
2013 (campeão), 2012 (vice), 1990 e 1991 (semi), com o Bayern Munique); e 1998 (campeão), com o Real Madrid

Louis Van Gaal (Holanda)
1995 (campeão); 1996 (vice); e 1997 (semi), com o Ajax; 2000 (semi), com o Barcelona; e 2010 (vice), com o Bayern Munique

4 semifinais
Matt Busby (Escócia)
1968 (campeão); 1957, 1966 e 1969 (semi), com o Manchester United

Jock Stein (Escócia)
1967 (campeão); 1970 (vice); 1972 e 1974 (semi), com o Celtic

Udo Lattek (Alemanha)
1974 (campeão); 1987 (vice), com o Bayern Munique; 1977 (vice) e 1978 (semi), com o Borussia Moenchengladbach

Giovanni Trappatoni (Itália)
1985 (campeão); 1983 (vice); 1978 (semi), com a Juventus; 1995 (semi), com o Bayern Munique

Leo Beenhakker (Holanda)
1980 (semi), com o Ajax; 1987, 1988 e 1989 (semi), com o Real Madrid

Marcelo Lippi (Itália)
1996 (campeão); e 1997, 1998 e 2003 (vice), com a Juventus

Ottmar Hitzfeld (Alemanha)
1997 (campeão), com o Borussia Dortmund; 2001 (campeão); 1999 (vice); e 2000 (semi), com o Bayern Munique

3 semifinais
Rinus Michels (Holanda)
1971 (campeão); 1969 (vice), com o Ajax; 1975 (semi), com o Barcelona

Ernst Happel (Áustria)
1970 (campeão), com Feyenoord; 1983 (campeão), com o Hamburgo; 1978 (vice), com o Brugge-BEL

Brian Clough (Inglaterra)
1979 e 1980 (campeão), com o Nottingham Forest; 1973 (semi), com o Derby County

Bob Paisley (Inglaterra)
1977, 1978 e 1981 (campeão), com o Liverpool

Valeriy Lobanovskyi (Ucrânia)
1977, 1987 e 1999 (semi), com o Dynamo Kiev-UCR

Vujadin Boskov (Sérvia)
1981 (vice) e 1980 (semi), com Real Madrid; 1992 (vice), com a Sampdoria

Guus Hiddink (Holanda)
1988 (campeão) e 2005 (semi), com o PSV Eindhoven; 2009 (semi), com o Chelsea

Fabio Capello (Itália)
1994 (campeão); e 1993 e 1995 (vice), com o Milan

Arsène Wenger (França)
2006 (vice) e 2009 (semi), com o Arsenal); 1994 (semi), com o Monaco

Vicente del Bosque (Espanha)
2000 e 2002 (campeão); e 2001 (semi), com o Real Madrid

Héctor Cúper (Argentina)
2000 e 2001 (vice), com o Valencia; 2003 (semi), com a Internazionale

Rafael Benítez (Espanha)
2005 (campeão); 2007 (vice); e 2008 (semi), pelo Liverpool

Diego Simeone (Argentina)
2014 e 2016 (vice); e 2017 (semi), pelo Atlético de Madri


Barcelona de Luis Enrique supera o de Guardiola de 2009
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Rodolfo Rodrigues

Na temporada 2008/2009, o Barcelona do técnico Pep Guardiola encantou o mundo com seu tiki-taka e uma inédita tríplice coroa para o clube catalão (Liga dos Campeões, Campeonato Espanhol e Copa do Rei da Espanha. Em sua estreia como técnico do time principal do Barça, Guardiola igualou então o feito do Celtic-ESC (1967), Ajax-HOL (1972), PSV Eindhoven-HOL (1988) e Manchester United-ING (1999). A campanha do Barcelona de Guardiola nas três competições muito boa, com 74,7% de aproveitamento e média de 2,55 gols por jogo. O trio de atacantes, Messi, Eto’o e Henry marcou 100 gols, recorde na história do clube na época.

Já na temporada 2014/15, com o novo técnico Luis Enrique, também ex-ídolo do clube e formado como técnico nas categorias de base do Barça, a história foi parecida. Também em sua primeira temporada, Luis Enrique conquistou os três títulos que disputou (Liga dos Campeões, Espanhol e Copa do Rei). A diferença, porém, é que o Barcelona foi muito mais eficiente e ofensivo, sem deixar de perder a característica do toque e posse de bola. Com Luis Enrique, o Barcelona teve 85,6% de aproveitamento dos pontos média de quase 3 gols por jogo (2,92). Além disso, seu trio de atacantes (Messi, Neymar e Suárez) marcou 122 gols, estabelecendo uma marca recorde.

Barcelona 2008/09 (Guardiola)
Liga dos Campeões (15 J, 8 V, 5 E, 2 D)
Camp. Espanhol (38 J, 27 V, 6 E, 5 D)
Copa do Rei (9 J, 7 V, 2 E, 0 D)
Total (62 J, 42 V, 13 E, 7 D, 158 GP, 55 GC)
Artilheiros: Messi (38), Eto’o (36) e Henry (26)

Barcelona 2014/15 (Luis Enrique)
Liga dos Campeões (13 J, 11 V, 0 E, 2 D)
Camp. Espanhol (38 J, 30 V, 4 E, 4 D)
Copa do Rei (9 J, 9 V, 0 E, 0 D)
Total (60 J, 50 V, 4 E, 6 D, 175 GP, 38 GC)
Artilheiros: Messi (58), Neymar (39) e Suárez (25)


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