Futebol em Números

Quatro grandes têm renda líquida negativa nos Estaduais
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Rodolfo Rodrigues

Atuando apenas uma vez em seu estádio, o Morumbi, que passou por reformas no gramado, o São Paulo encerrou a primeira fase do Paulistão como mandante com uma renda líquida negativa em R$ 19.437,17. Sem realizar uma grande campanha e com a modesta média de 7.158 pagantes por partida, o Tricolor só não teve uma renda líquida pior do dois dos 20 participantes (Ponte Preta e Mogi Mirim).

Em comparação ao rivais, o São Paulo ficou muito atrás. O Corinthians, que ainda tem mais um jogo para fazer em casa, tem uma renda líquida até aqui de quase R$ 6 milhões (R$ 5.996.736,21). Já o Palmeiras conseguiu R$ 3.039.434,48. O Santos teve uma renda líquida menor, porém, maior do que a do São Paulo (R$ 501.639,31) – e também tem mais um jogo em casa.

Como pagou cerca de 27% de aluguel da renda bruta ao Pacaembu, onde mandou seis jogos, o São Paulo teve um prejuízo grande ao atuar longe de casa. Do total arrecadado no Paulistão pelo clube (R$ 2.213.071,00), o Tricolor ficou com nada e ainda teve um prejuízo de -1% (R$ -19.437,17). O Corinthians, jogando em Itaquera, ficou com 57% de toda a sua arrecadação (R$ 5.996.736,21 dos R$ 10.445.540,00). A média de público do Corinthians até aqui é de 28.720 pagantes.

Na lista dos 12 grandes clubes do Brasil, a situação de outros três clubes é parecida. Um pouco pior para o Atlético-MG, que foi o que menos ficou com dinheiro até aqui. Vale lembrar que no Rio de Janeiro os não estão jogando no Maracanã por conta das reformas para os Jogos Olímpicos.

Rendas líquidas dos 12 grandes nos estaduais
Corinthians (R$ 5.996.736,21)
Palmeiras (R$ 3.039.434,48)
Grêmio (R$ 2.239.298,37)
Internacional (R$ 1.114.354,53)
Flamengo (R$ 961.661,45)
Fluminense (R$ 530.559,89)
Santos (R$ 501.639,31)
Botafogo (R$ 232.506,24)
Cruzeiro (R$ -1.590,08)
Vasco (R$ -16.301,64)
São Paulo (R$ -19.437,17)
Atlético-MG (R$ -165.136,32)


Palmeiras volta a levar a melhor nos clássicos
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Rodolfo Rodrigues

Com a vitória sobre o Corinthians por 1 x 0, ontem, no Pacaembu, o Palmeiras fechou essa primeira fase do Paulistão com o melhor desempenho nos clássicos paulistas. Foram duas vitórias (bateu o São Paulo também) e um empate (contra o Santos). O time da Vila Belmiro conseguiu uma vitória (sobre o Corinthians) e dois empates. Já o São Paulo foi o único que não venceu (perdeu para Corinthians e Palmeiras e empatou contra o Santos).

Com um bom retrospecto nos clássicos desde 2015, o Palmeiras volta a ter resultados expressivos contra os rivais. Contra São Paulo e Corinthians, o Verdão não perdeu os últimos quatro confrontos contra cada. Já diante do Santos, rival batido na final da Copa do Brasil, o Palmeiras vem tendo um confronto equilibrado, com três vitórias e três derrotas nos últimos sete confrontos.

Antes desses dois últimos anos, o retrospecto do Palmeiras em clássicos estava bem ruim. Entre 2012 e 2014, em 22 jogos foram 2 vitórias, 8 empates e 12 derrotas. Entre 2015 e 2016, são 17 jogos (8 vitórias, 4 empates e 5 derrotas).

A vitória de ontem sobre o Corinthians fez com que o Palmeiras acabasse também com um tabu de 21 anos sem vitória sobre o rival no Pacaembu. Além disso, manteve o Verdão em vantagem no retrospecto histórico do clássico: 123 vitórias contra 120 do Corinthians.

Tags : Palmeiras


São Paulo não venceu fora de casa em 2016
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Rodolfo Rodrigues

Sob o comando do técnico Edgardo Bauza, o São Paulo não conseguiu ainda vencer fora de casa. Como visitante, o Tricolor tem 9 jogos no ano, com 7 empates e duas derrotas. No Paulistão, foram 6 jogos, 4 empates e duas derrotas (Corinthians e Ponte Preta). Na Libertadores, o time empatou as três como visitante – contra os fracos César Vallejo-PER e Trujillanos-VEN e contra o River Plate-ARG, atual campeão.

No Campeonato Paulista, o São Paulo é o 3º pior visitante entre os 20 participantes. Apenas o Água Santa e o Capivariano têm aproveitamento pior do que o São Paulo (19% contra 22,2%). Além disso, dos 20 clubes da Série A1 do Paulistão, apenas o São Paulo e o quase Botafogo de Ribeirão Preto ainda não venceram fora de casa.

Ontem, contra o Linense, o São Paulo arrancou o empate nos últimos minutos. Um derrota o deixaria como o pior mandante. Em segundo lugar no Grupo C, com 19 pontos, o São Paulo está atrás do Audax (21) e à frente da Ferroviária (16), que joga hoje. Faltando dois jogos, o time corre o risco de ficar fora da reta final do Paulistão pela primeira vez desde que o Campeonato Paulista adotou esse regulamento (2008, com semifinais, e 2011, com quartas de final).

Aproveitamento dos visitantes no Paulistão 2016:
1º Red Bull Brasil – 66,7%
2º Corinthians – 61,1%
3º Audax – 61,1%
4º Palmeiras – 55,6%
5º São Bernardo – 52,4%
6º Santos – 50%
7º Novorizontino – 44,4%
8º Ponte Preta – 44,4%
9º XV de Piracicaba – 44,4%
10º Linense – 42,9%
11º São Bento – 38,9%
12º Ferroviária – 33,3%
13º Mogi Mirim – 33,3%
14º Rio Claro – 33,3%
15º Botafogo – 27,8%
16º Ituano – 23,8%
17º Oeste – 23,8%
18º São Paulo – 22,2%
19º Água Santa – 19%
20º Capivariano – 19%

 

Tags : São Paulo


Messi atrás só de Pelé, Romário, Ronaldo e Batistuta
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Rodolfo Rodrigues

O atacante Lionel Messi marcou ontem, na vitória por 2 x 0 sobre a Bolívia, seu 50º gol pela Seleção Argentina. O craque do Barcelona está agora a apenas 6 gols do recordista Gabriel Batistuta, que entre 1991 e 2002 anotou 56 gols. Na América do Sul, além de Batistuta, apenas três outros jogadores conseguiram marcar mais de 50 gols em jogos oficiais Fifa (não contam partidas de seleções contra clubes). E todos esses três são brasileiros: Pelé (77 gols), Ronaldo (62) e Romário (55).

Com 107 jogos, Messi deixou para trás ontem também o ex-volante Diego Simeone, hoje técnico do Atlético de Madri, em número de participações com a camisa argentina. Apenas Javier Zanetti (145 jogos), Javier Mascherano (123) e Roberto Ayala (115), têm mais partidas que Messi. Mascherano, seu companheiro de Barça e Seleção Argentina, é o único dos três que está em atividade.

Na América do Sul, o equatoriano Iván Hurtado, ex-zagueiro, lidera o ranking de jogos pela seleção com 168 partidas entre 1992 e 2014, seguido pelo argentino Zanetti (145) e pelo brasileiro Cafu (142).

No mundo, o egípcio Ahmed Hassan, que jogou entre 1995 e 2012, é quem mais disputou partidas por uma seleção: 184 jogos. Seu compatriota Hossam Hassan, que jogou entre 1985 e 2006, é o segundo da lista com 178 jogos, seguido pelo mexicano Claudio Suárez (177).

Já em número de gols, o iraniano Ali Daei é o recordista absoluto com 109 gols, seguido pelo húngaro/espanhol Ferenc Puskas, que marcou 84 gols. Dos jogadores em atividade, os maiores recordistas são o alemão Klose (71), o irlandês Robbie Keane (67), o marfinense Drogba (65), o sueco Ibrahimovic (62), o costarriquenho Carlos Ruiz (59), o espanhol David Villa (59), o iraquiano Yannis Mahmoud (57), o camaronês Eto'o (56), o português Cristiano Ronaldo (56), o indiano Chreti (51), o inglês Rooney (51), o holandês Van Persie (50) e agora Messi, também com 50. O uruguaio Luis Suárez, com 44 gols, e o brasileiro Neymar, com 46, estão próximos de entrar nessa lista.


Última vitória brasileira em Assunção foi em 1985
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Rodolfo Rodrigues

A Seleção Brasileira, do técnico Dunga, entrará em campo hoje, às 21h45, diante de um adversário que vem sendo indigesto no últimos anos: o Paraguai. A seleção vizinha, treinada pelo argentino Ramón Diaz, tem hoje a mesma campanha do Brasil nas Eliminatórias (2 vitórias, 2 empates e 1 derrota) e conta com um bom retrospecto em casa, jogando no estádio Defensores del Chaco.

Na capital paraguaia, Assunção, a Seleção Brasileira não vence desde 1985, quando ganhou por 2 x 0, gols de Casagrande e Zico. Desde então, foram duas vitórias do Paraguai (2 x 1 em 2000 e 2 x 0 em 2008) e um empate (0 x 0 em 2004). Todos pelas Eliminatórias.

Nos últimos 10 jogos no geral, o confronto tem sido equilibrado também, com três vitórias para cada lado e quatro empates. Dois deles nas duas últimas partidas: 0 x 0, em 2011, e 1 x 1, em 2015, ambas pela Copa América, quando o Paraguai eliminou o Brasil nas quartas de final nos pênaltis duas vezes. Pela Copa América, aliás, os paraguaios não perdem para a Seleção Brasileira desde 2001. Em 2004, no Peru, ganharam na primeira fase (2 x 1). Depois, as duas seleções empataram três vezes – duas em 2011 e outra em 2015.

O bom desempenho recente do Paraguai diante da Seleção Brasileira surpreende já que a o Brasil sempre teve um ótimo desempenho no confronto. Até hoje, em 76 jogos, foram 46 vitórias brasileiras (61%), 19 empates (25%) e 11 vitórias paraguaias (14%). O Brasil marcou 166 gols e o Paraguai apenas 66.

No Paraguai, apesar dos três últimos resultados adversos, o Brasil também leva vantagem. Em 16 jogos, foram 10 vitórias, 3 empates e apenas 3 derrotas para os donos da casa.


Palmeiras: mais goleadas sofridas no século entre os grandes de SP
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Rodolfo Rodrigues

O Palmeiras sofreu ontem uma goleada de 4 x 1 para o Água Santa, de Diadema. O resultado marcou a quarta derrota consecutiva do time no comando do técnico Cuca e colocou o Palmeiras na última colocação do seu grupo. A goleada foi também a primeira sofrida pelo clube em 2016 e a primeira de um grande de São Paulo na temporada.

Com isso, o Palmeiras chega a 22 goleadas sofridas no século. Quase o dobro do que os rivais Corinthians e São Paulo, que levaram 12 goleadas. O Santos sofreu 19 goleadas. A vexatória derrota sofrida pelo Água Santa, que estreou esse ano na primeira divisão do Paulistão, foi a segunda goleada que o Palmeiras levou em menos de seis meses. No início de outubro de 2015 o time, ainda sob o comando de Marcelo Oliveira, havia apanhado de 5 x 1 da Chapecoense. Desde 2001, neste século XXI, o Palmeiras só não foi goleado em três anos: 2004, 2009 e 2012.

Goleadas sofridas pelos grandes de São Paulo no século XXI:

Palmeiras (22 goleadas)
27/3/2016 – Água Santa 4 x 1 (Paulista)
4/10/2015 – Chapecoense 5 x 1 (Brasileiro)
21/9/2014 – Goiás 6 x 0 (Brasileiro)
27/3/2013 – Mirassol 6 x 2 (Paulista)
5/5/2011 – Coritiba 6 x 0 (Copa do Brasil)
17/2/2010 – São Caetano 4 x 1 (Paulista)
16/11/2008 – Flamengo 5 x 2 (Brasileiro)
20/8/2008 – Internacional 4 x 1 (Brasileiro)
30/4/2008 – Sport 4 x 1 (Copa do Brasil)
2/9/2007 – Cruzeiro 5 x 0 (Brasileiro)
26/11/2006 – Internacional 4 x 1 (Brasileiro)
3/9/2006 – Santos 5 x 1 (Brasileiro)
24/5/2006 – São Paulo 4 x 1 (Brasileiro)
22/4/2006 – Figueirense 6 x 1 (Brasileiro)
8/3/2006 – América-SP 4 x 1 (Paulista)
6/11/2005 – Atlético-PR 4 x 0 (Brasileiro)
23/5/2005 – América-SP 4 x 1 (Paulista)
23/4/2003 – Vitória 7 x 2 (Copa do Brasil)
1/9/2002 – Paraná 5 x 1 (Brasileiro)
25/8/2002 – Atlético-MG 4 x 0 (Brasileiro)
30/9/2001 – Coritiba 4 x 1 (Brasileiro)
7/11/2001 – Fluminense 6 x 2 (Brasileiro)

Santos (19 goleadas)
8/7/2015 – Goiás 4 x 1 (Brasileiro)
16/2/2014 – Penapolense 4 x 1 (Paulista)
2/8/2013 – Barcelona-ESP 8 x 0 (Amistoso)
18/12/2011 – Barcelona-ESP 4 x 0 (Mundial de Clubes)
4/12/2011 – São Paulo ( 4 x 1 (Brasileiro)
12/7/2009 – Vitória 6 x 2 (Brasileiro)
8/2/2009 – Palmeiras 4 x 1 (Paulista)
22/11/2008 – Coritiba 5 x 1 (Brasileiro)
20/9/2008 – Goiás 4 x 1 (Brasileiro)
22/6/2008 – Goiás 4 x 0 (Brasileiro)
25/5/2008 – Cruzeiro 4 x 0 (Brasileiro)
4/7/2007 – Vasco 4 x 0 (Brasileiro)
13/5/2007 – Sport 4 x 1 (Brasileiro)
13/11/2005 – Internacional 4 x 0 (Brasileiro)
6/11/2005 – Corinthians 7 x 1 (Brasileiro)
23/5/2004 – Palmeiras 4 x 0 (Brasileiro)
3/4/2004 – São Caetano 4 x 0 (Paulista)
25/2/2004 – Paulista 4 x 0 (Paulista)
18/5/2001 – Corinthians 5 x 0 (Paulista)

Corinthians (12 goleadas)
30/11/2014 – Fluminense 5 x 2 (Brasileiro)
29/1/2014 – Santos 5 x 1 (Paulista)
15/10/2014 – Atlético-MG 4 x 1 (Copa do Brasil)
29/9/2013 – Portuguesa 4 x 0 (Brasileiro)
20/9/2009 – Goiás 4 x 1 (Brasileiro)
29/8/2007 – Atlético-MG 5 x 2 (Brasileiro)
8/5/2005 – São Paulo 5 x 1 (Brasileiro)
23/5/2004 – Atlético-PR 5 x 0 (Brasileiro)
2/5/2004 – Palmeiras 4 x 0 (Brasileiro)
28/4/2004 – Grêmio 4 x 0 (Brasileiro)
28/9/2003 – Juventude 6 x 1 (Brasileiro)
8/9/2002 – Grêmio 4 x 0 (Brasileiro)
28/11/2001 – San Lorenzo-ARG 4 x 1 (Mercosul) 

São Paulo (12 goleadas)
22/11/2015 – Corinthians 6 x 1 (Brasileiro)
28/6/2015 – Palmeiras 4 x 0 (Brasileiro)
21/5/2014 – Fluminense 5 x 2 (Brasileiro)
8/5/2013 – Atlético-MG 4 x 1 (Libertadores)
26/11/2011 – Corinthians 5 x 0 (Brasileiro)
21/10/2010 – Fluminense 4 x 1 (Brasileiro)
16/3/2008 – Palmeiras 4 x 1 (Paulista)
21/4/2007 – São Caetano 4 x 1 (Paulista)
30/7/2006 – Santos 4 x 0 (Brasileiro)
27/4/2003 – Paysandu 5 x 2 (Brasileiro)
25/11/2001 – Vasco 7 x 1 (Brasileiro)
25/1/2001 – Fluminense 5 x 2 (Rio-SP)

 


Eliminatórias da América do Sul sem lógica nesse início
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Rodolfo Rodrigues

Até os anos 1980, o futebol sul-americano era amplamente dominado por argentinos, brasileiros e uruguaios. Tanto na Copa América, nas Eliminatórias para a Copa do Mundo ou na Copa Libertadores. Da década de 1990 para cá, outras seleções cresceram e passaram a roubar o espaço do trio, como a Colômbia e o Paraguai. Mais recentemente, Chile e Equador entraram nesse bolo. E até os pequenos Peru, Venezuela e Bolívia passaram a tirar pontos e conquistar resultados expressivos.

O equilíbrio na disputa das Eliminatórias da Copa do Mundo, muitas vezes por conta dos jogos na altitude, vêm fazendo com que a competição seja totalmente sem lógica. Argentina, Brasil e Uruguai nunca terminaram juntos entre os primeiros desde que a competição passou a ser disputada no sistema de todos contra todos, em pontos corridos, nas Eliminatórias para a Copa de 1998. Mesmo quando não teve o Brasil, que como campeão ou país sede não jogou nas edições de 1998 e 2014.

Nas Eliminatórias para a Copa de 2018, o torneio começou dessa forma. O Equador até aqui é o único invicto e lidera a competição. Isso que o país foi o pior do continente na última Copa América. Nessa 5ª rodada, porém, empatou em casa contra o Paraguai (e com um gol no último minuto). O Chile, campeão da Copa América, que havia vencido o Brasil na estreia, perdeu em casa para a Argentina. Os argentinos, por sua vez, venceram apenas seu segundo jogo e têm seu pior início em Eliminatórias. Isso que os vice-campeões mundiais e da Copa América são os segundos colocados no ranking da Fifa e têm a segunda seleção mais cara do torneio.

O Brasil não fica atrás. Tem a seleção mais cara e tem também seu pior começo de Eliminatórias, como em 2002 (2 vitórias, 2 empates e 1 derrota). O time de Dunga, juntando os jogos da Copa América (2 vitórias, 1 empate e 1 derrota), tem apenas 55,6% de aproveitamento em jogos oficiais no continente. Muito pouco.

A atual classificação das Eliminatórias tem pouco em comum com o ranking da Fifa, com o ranking das seleções mais valiosas ou com o desempenho recente deles na Copa América de 2015, mostrando que o equilíbrio prevalece por aqui e que a lógica passa longe.

E o mesmo vale para o desempenho individual. Dois dos três melhores jogadores do mundo não brilham por aqui: Messi e Neymar. As estrelas do Barcelona, até aqui, não marcaram um gol. Luis Suárez, outro integrante do trio MSN, fez um (ontem, contra o Brasil). O artilheiro das Eliminatórias é o equatoriano Felipe Caicedo com 4 gols. Os artilheiros do Brasil (Douglas Costa, Renato Augusto e Willian, que juntos valem 76 milhões de euros), marcaram 2 gols cada. Mesmo número do boliviano Juan Carlos Arce, aquele jogou Corinthians, sem destaque, entre 2007 e 2008.

Classificação das Eliminatórias 2018
1º Equador (13)
2º Uruguai (10)
3º Brasil (8)
4º Paraguai (8)
5º Argentina (8)
6º Chile (7)
7º Colômbia (7)
8º Peru (4)
9º Bolívia (9)
10º Venezuela (1)

Ranking da Fifa
1º Argentina (2º no geral)
2º Chile (5º)
3º Brasil (6º)
4º Colômbia (8º)
5º Uruguai (11º)
6º Equador (13º)
7º Peru (42º)
8º Paraguai (43º)
9º Bolívia (72º)
10º Venezuela (75º)

Seleções mais caras (em milhões de euros)
1º Brasil (515,50)
2º Argentina (482,70 )
3º Uruguai (215,05)
4º Colômbia (202,25)
5º Chile (132,65)
6º Equador (68,9)
7º Paraguai (63,90)
8º Peru (27,45)
9º Venezuela (39,55)
10º Bolívia (3,20)
* Fonte: site transfermarkt

Desempenho na Copa América de 2015
1º Chile
2º Argentina
3º Peru
4º Paraguai
5º Brasil
6º Colômbia
7º Uruguai
8º Bolívia
9º Venezuela
10º Equador


São Paulo: pior média de público em 30 anos no Paulistão
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Rodolfo Rodrigues

A má fase do São Paulo nesse início de temporada vem afastando o seu torcedor do estádio. Na última quarta-feira, o público na vitória sobre o Botafogo de Ribeirão Preto foi de apenas 2 970 pagantes no Pacaembu. O menor público do time 2005, quando 2.992 torcedores viram o time empatar em 2 x 2 com o Atlético-MG no Morumbi, pelo Brasileirão.

Pelo Paulistão, em seis jogos como mandante, o São Paulo levou apenas 50.496 torcedores. Média de apenas 7.214 torcedores por partida. Apenas a sexta melhor na competição, atrás de Corinthians (30.103), Palmeiras (20.305), Santos (10.072) e dos pequenos Oeste, de Itápolis (7.703) e Botafogo, de Ribeirão Preto (7.408).

Sem poder jogar no Morumbi, que está em fase final de reformas, o São Paulo levou públicos pequenos ao Pacaembu (3.013 contra o Mogi Mirim, 3.471 contra o Novorizontino e 2.970 contra o Botafogo). Até o clássico contra o Palmeiras foi fraco em número de espectadores (13.852). Menos da metade do público do Fla-Flu pelo Campeonato Carioca realizado na capital paulista (28.727).

Desde 1986, ano em que o Campeonato Paulista perdeu o interesse por conta da Copa do Mundo, o São Paulo não registrava uma média tão ruim na competição. No início dos anos 1990, o time também costumava levar 2, 3 mil pessoas por jogo. Mas os clássicos, contra Corinthians e Palmeiras principalmente, ajudavam na média final. Muitas vezes o Morumbi recebia mais de 100 mil pagantes por partida.

Média de público do São Paulo no Paulistão nos últimos 30 anos:

AnoMédiaJogos
19865.96619
198715.34021
198818.84612
198922.83114
19909.55316
199119.42617
199218.54517
199315.28319
199412.20115
19958.27218
19969.86715
199713.08913
199824.2597
199923.1389
200022.72210
200118.5444
200320.0776
200411.3315
200517.42010
200619.08210
200714.62511
200815.95611
200915.06411
201011.34011
201115.23412
201216.32112
201314.55812
201410.1139
201510.1859
20167.2147

Tags : São Paulo


Tite e sua busca pela perfeição no Corinthians
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Rodolfo Rodrigues

Campeão Brasileiro de 2015 com a melhor campanha desde que o campeonato passou a ser disputado com 20 clubes, o Corinthians do técnico Tite ficou próximo de bater outros recordes na brilhante conquista (melhor saldo, melhor mandante e melhor aproveitamento na era dos pontos corridos).

Campeão invicto da Libertadores com o Corinthians em 2012, Tite vem adotando um filosofia de trabalho que busca a perfeição em todos os aspectos. Nem sempre consegue, mas cobra isso insistentemente do seu elenco. Para tanto, procura dar espaço para os reservas, estimula a competitividade limpa dentro do elenco e cobra muito de todos.

O resultado em 2016 vem surpreendendo, como o próprio técnico diz, mas mesmo assim Tite quer mais. Após a vitória por 3 x 0 sobre o São Bernardo, ontem, fora de casa, o Corinthians fechou a 11ª rodada como o time com mais pontos (26), melhor aproveitamento (79%), melhor ataque (20 gols) e melhor defesa (6 gols sofridos). Campanha quase perfeita não fosse a derrota para o Santos, no clássico na Vila Belmiro. Ainda assim, o Corinthians é um dos times que menos perdeu no Paulistão (apenas um, assim como o Santos e o São Bento).

Além desses números, que colocam o Corinthians como o melhor time do Paulista, Tite quer também que a equipe seja a melhor em alguns fundamentos. E vem conseguindo. Seu time é o que mais desarma no campeonato e o segundo que mais acerta passes (atrás do Santos). Além disso, é o que menos comete faltas (média de 10,4 por jogo). A equipe, apesar de ter o melhor ataque, é a 7ª que mais finaliza. Algo a ser melhorado segundo o próprio Tite.

Tags : Corinthians


Paulistão tem queda no número de faltas e cartões em 10 anos
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Rodolfo Rodrigues

Após dez rodadas, o Paulistão de 2016 vem apresentando números positivos em relação parte disciplinar. Até agora, o campeonato registra uma média de 27,5 faltas por partida. Número baixo e 34% menor do que há dez anos. Em 2007, nas mesmas dez primeiras rodadas, o Paulistão tinha uma média de 41,7 faltas por partida. A média de 27,5 faltas por jogo está próxima, por exemplo, da média de faltas da Liga dos Campeões da Europa (25,2 por partida).

O número de cartões amarelos e vermelhos também vem diminuindo bastante na última década. As expulsões caíram de 0,52, em 2007, para 0,19 por jogo em 2016. Já os cartões amarelos recuaram menos, mas ainda assim a média é bem menor (4,36 contra 5,35). Na Liga dos Campeões, a média atual é de 0,16 vermelhos e 4,10 amarelos por jogo.

Média de faltas e cartões no Paulistão nas 10 primeiras rodadas nos últimos 10 anos:

AnoFaltasAmarelosVermelhos
200741,75,350,52
200842,35,730,47
200935,66,000,43
201033,45,130,54
201130,64,360,15
201232,34,970,35
201331,64,660,41
201431,04,580,30
201529,34,480,29
201627,54,360,19

Fonte: Federação Paulista de Futebol