Futebol em Números

Atlético-MG é o time que mais venceu o São Paulo em Libertadores
Comentários 14

Rodolfo Rodrigues

O duelo brasileiro nas quartas de final da Libertadores, entre Atlético-MG e São Paulo, que começa hoje, no Morumbi, vem carregado de história. Os clubes, que fizeram a decisão do Brasileirão de 1977 (com vitória do Tricolor nos pênaltis sobre o invicto Galo), se enfrentarão pela 9ª vez na Libertadores.

Nenhum outro duelo brasileiro ocorreu tantas vezes na história da competição sul-americana (Palmeiras e São Paulo já jogaram oito vezes). Ate hoje, em oito jogos, realizados em 1972, 1978 e 2013, o Atlético-MG soma quatro vitórias, o São Paulo apenas uma, além de outros três empates. Nenhum clube na história venceu tantas vezes o São Paulo pela Libertadores. O Tricolor, clube brasileiro que mais disputou a Libertadores, com 177 jogos, já enfrentou 60 clubes. Desses, só o Galo já o venceu quatro vezes. Além disso, o clube mineiro é o único que já ganhou duas vezes do Tricolor no Morumbi pela Libertadores.

Em 1972, São Paul0 e Atlético-MG se enfrentaram pela primeira fase. O Galo, como campeão brasileiro e estreante, acabou eliminado logo na fase de grupos. O São Paulo, classificado, no grupo que tinha ainda Olimpia e Cerro Porteño, ambos do Paraguai, chegou à fase semifinal, mas foi eliminado pelo Independiente-ARG. Na fase de grupos, São Paulo e Atlético-MG empataram duas vezes (2 x 2, no Mineirão, e 0 x 0, no Morumbi).

Em 1978, também na primeira fase, os times empataram por 1 x 1, no Mineirão, e depois, no Morumbi, deu Galo: 2 x 1. O Atlético-MG acabou classificado, mas depois caiu na fase semifinal para o Boca Juniors-ARG.

Já em 2013, Galo e São Paulo jogaram na primeira fase e depois nas oitavas de final. Na primeira fase, deu Atlético-MG no Independência (2 x 1) e depois São Paulo, no Morumbi (2 x 0). A vitória acabou classificando o São Paulo para as oitavas. Mas, no mata-mata, só deu Galo: 2 x 1 no Morumbi e 4 x 1 no Independência. Depois disso, o Atlético-MG passou por Tijuana-MEX, Newell's Old Boys-ARG e Olimpia-PAR para conquistar seu primeiro título da Libertadores.

Campeão em 2005, o São Paulo vem sofrendo também nos mata-matas contra clubes brasileiros na competição. Desde então, foram sete eliminações seguidas: Inter (final de 2006), Grêmio (oitavas de 2007), Fluminense (quartas de 2008), Cruzeiro (quartas de 2009), Inter (semifinal de 2010), Atlético-MG (oitavas de 2013) e Cruzeiro (oitavas de 2015). Nesse período, de 2006 para cá, o São Paulo passou apenas por dois mata-matas contra brasileiros: Palmeiras (oitavas de 2006) e Cruzeiro (oitavas de 2010).

Clubes que mais derrotaram o São Paulo na Libertadores
Atlético-MG (BRA) – 4 vezes (8 jogos)
Cruzeiro (BRA) – 3 vezes (6 jogos)
Independiente (ARG) – 3 vezes (5 jogos)
Chivas Guadalajara (MEX) – 2 vezes (4 jogos)
Internacional (BRA) – 2 vezes (4 jogos)
Newell's Old Boys (ARG) – 2 vezes (4 jogos)
Once Caldas (COL) – 2 vezes (4 jogos)
Peñarol (URU) – 2 vezes (2 jogos)
The Strongest (BOL) – 2 vezes (6 jogos)


Sem Maracanã, Carioca tem queda de 40% no público
Comentários 4

Rodolfo Rodrigues

Sem poder contar com o Maracanã, interditado para obras dos Jogos Olímpicos e utilizado apenas nas duas partidas finais entre Botafogo e Vasco, o Campeonato Carioca teve uma queda alta na média de público de 40% em relação ao ano passado (5.372 contra apenas 3.853 de 2016).

O Campeonato Paulista, por outro lado, teve aumentou 4,65% sua média de público pagante em relação ao ano passado, indo de 7.138 para 7.470 torcedores por jogo. No interior, o aumento de público no estadual de São Paulo foi maior ainda (19,7%), subindo de 2.674 para 3.201. Assim, o Paulistão terminou com a melhor média de público mais uma vez entre os principais campeonatos estaduais do Brasil – os pequenos ainda estão em andamento.

A média de 7.470 torcedores do Paulista só ficou atrás da média de público da Primeira Liga (12.066), entre os torneios já encerrados em 2016. O Campeonato Mineiro ficou na segunda colocação, com 5.409, quase a mesma média de 2015 (5.347). O Campeonato Goiano surpreendeu e ficou com a terceira melhor média (4.195) um aumento de quase 50% em relação ao torneio de 2015 (2.853).

Maiores médias de público dos Estaduais 2016
1º Paulista (7.470)
2º Mineiro (5.409)
3º Goiano (4.195)
4º Gaúcho (3.961)
5º Carioca (3.853)
6º Paraense (3.811)
7º Paranaense (3.786)
8º Baiano (3.719)
9º Pernambucano (3.005)
10º Catarinense (2.858)
11º Cearense (2.679)
12º Potiguar (1.980)
13º Alagoano (1.791)
14º Sergipano (1.308)
15º Mato-grossense (1.043)
16º Brasiliense (1.014)
17º Sul-mato-grossense (764)
18º Capixaba (514)


Inter é o grande com mais títulos no século XXI
Comentários 55

Rodolfo Rodrigues

Dos 12 grandes clubes do Brasil, o Internacional é o que tem mais títulos conquistados no século XXI. Com o Gaúcho vencido ontem, em cima do Juventude, o Colorado chegou a 19 taças desde 2001. Só de estaduais, o Inter soma 12 títulos. O Corinthians, segundo grande que mais conquistou títulos nos século, tem 14 conquistas.

O Vasco, com o bicampeonato carioca conquistado ontem, chegou a 5 títulos, empatando com o Palmeiras e deixando o Botafogo na última posição com 4 títulos. Botafogo que perdeu justamente as últimas duas decisões do Estadual do Rio para o Vasco.

Internacional – 19
Mundial de Clubes da Fifa (2006), Libertadores (2006 e 2010), Copa Sul-Americana (2008), Recopa Sul-Americana (2007 e 2011), Copa Suruga (2009) e Gaúcho (2002, 2003, 2004, 2005, 2008, 2009, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016).

Corinthians – 14
Mundial de Clubes da Fifa (2012), Libertadores (2012), Recopa Sul-Americana (2013), Brasileiro (2005, 2011 e 2015), Copa do Brasil (2002 e 2009), Brasileiro da Série B (2008), Torneio Rio-São Paulo (2002) e Paulista (2001, 2003, 2009 e 2013)

Cruzeiro – 13
Brasileiro (2003, 2013 e 2014), Copa do Brasil (2003), Copa Sul-Minas (2001 e 2002) e Mineiro (2003, 2004, 2006, 2008, 2009, 2011 e 2014)

Santos – 12
Libertadores (2011), Recopa Sul-Americana (2012), Brasileiro (2002 e 2004), Copa do Brasil (2010) e Paulista (2006, 2007, 2010, 2011, 2012, 2015 e 2016)

Flamengo – 10
Brasileiro (2009), Copa do Brasil (2006 e 2013) e Carioca (2001, 2004, 2007, 2008, 2009, 2011 e 2014)

Atlético-MG – 9
Libertadores (2013), Recopa Sul-Americana (2014), Copa do Brasil (2014), Brasileiro da Série B (2006) e Mineiro (2007, 2010, 2012, 2013 e 2015)

São Paulo – 9
Mundial de Clubes da Fifa (2005), Libertadores (2005), Copa Sul-Americana (2012), Brasileiro (2006, 2007 e 2008), Torneio Rio-São Paulo (2001), Paulista (2005) e Supercampeonato Paulista (2002)

Fluminense – 7
Brasileiro (2010 e 2012), Copa do Brasil (2007), Primeira Liga (2016) e Carioca (2002, 2005 e 2012)

Grêmio – 6
Copa do Brasil (2001), Brasileiro da Série B (2005) e Gaúcho (2001, 2006, 2007 e 2010)

Palmeiras – 5
Copa do Brasil (2012 e 2015), Brasileiro da Série B (2003 e 2013) e Paulista (2008)

Vasco – 5
Copa do Brasil (2011), Brasileiro da Série B (2009) e Carioca (2003, 2015 e 2016)

 

Botafogo – 4
Brasileiro da Série B (2015) e Carioca (2006, 2010 e 2013)

 

 


Boca Juniors: 19ª vez nas quartas em 26 participações
Comentários 13

Rodolfo Rodrigues

Segundo clube com mais títulos da Libertadores (seis, atrás apenas do Independiente-ARG, que ganhou sete), o Boca Juniors mais uma vez conseguiu se classificar para as quartas de final da competição. Com um aproveitamento invejável na competição, o clube de Buenos Aires garantiu sua 19ª ida para as quartas de final em 26 participações.

O Boca foi eliminado na primeira fase apenas quatro vezes (1971, 1982, 1986 e 1994) e caiu nas oitavas de final apenas três vezes (1989, 2009 e 2015). Ontem, o time Xeneize eliminou o Cerro Porteño, do Paraguai, após a vitória por 2 x 1. Agora, a equipe terá pela frente o Nacional-URU, que eliminou o Corinthians nas oitavas.

Clube com mais finais disputadas (10), o Boca Juniors parou nas quartas de final quatro vezes na história (1970, 2002, 2005 e 2013). Em outras 14 oportunidades, o clube avançou para a semifinal (1963, 1965, 1966, 1977, 1978, 1979, 1991, 2000, 2001, 2003, 2004, 2007, 2008 e 2012).

Na Argentina, apenas o River Plate, que tem seis edições disputadas a mais, chegou mais entre os oito finalistas (20). Este ano, porém, o River acabou eliminado nas oitavas pelo Independiente del Valle, do Equador. Na história, o Peñarol-URU segue como o time mais vezes entre os oito finalistas (24), porém em 43 edições.

Entre os clubes brasileiros, o São Paulo é quem mais vezes chegou nas quartas ou entre os oito primeiros (12 vezes, incluindo essa de 2016. Já o Santos chegou 11 vezes em 12 participações. Apenas em 1984 o clube foi eliminado na primeira fase.

Clubes que mais chegaram nas quartas de final da Libertadores ou entre os oito finalistas
Clube (país) – vezes e edições disputadas
Peñarol (URU) – 24 em 43
River Plate (ARG) –
19 em 26
Boca Juniors (ARG)
– 19 em 26
Nacional (URU) – 18 em 43
Independiente (ARG) – 14 em 19
Olimpia (PAR) – 14 em 38
São Paulo (BRA) – 12 em 16
América de Cali (COL) – 
12 em 19
Santos (BRA) –
 11 em 12
Cruzeiro (BRA) – 
10 em 15
Grêmio (BRA) – 10 em 16
Barcelona (EQU) – 9 em 23
Universidad Católica (CHI) – 9 em 24
Cerro Porteño (PAR) – 9 em 38
Estudiantes (ARG)
 – 8 em 13
Palmeiras (BRA) – 8 em 16
Flamengo (BRA) – 7 em 12
San Lorenzo (ARG) – 7 em 14
Vélez Sarsfield (ARG) – 7 em 15
Atlético Nacional (COL) – 7 em 18


Grêmio completa 6 anos sem títulos
Comentários Comente

Rodolfo Rodrigues

Eliminado na semifinal do Campeonato Gaúcho pelo Juventude e, ontem, nas oitavas de final da Libertadores pelo Rosario Central-ARG, o Grêmio completou agora 6 anos sem conquistar um único título. Entre os 12 grandes clubes do futebol brasileiro, o Tricolor gaúcho é o time com o maior jejum de títulos. O São Paulo, campeão pela última vez em 2012 (Copa Sul-Americana) é o segundo clube há mais tempo sem conquistas – três anos e meio.

Campeão gaúcho pela última vez em 2010, o Grêmio não conquista campeonatos importantes há um bom tempo também. No Brasileirão, foi campeão em 1981 e 1996, há 19 anos. Na Copa do Brasil, o Tricolor venceu o torneio em 1989, 1994, 1997 e 2001 (14 anos de jejum). Já na Libertadores, onde o clube caiu nas oitavas de final nas últimas quatro edições (2011, 2013, 2014 e 2016), o Grêmio já completa 21 anos sem conquista – a última foi em 1995.

Fundado em 1903, o Grêmio ganho seu primeiro Campeonato Gaúcho em 1921, 17 anos depois. Desde então, seus maiores jejuns de títulos foram esses: 13 anos (1933 a 1945), 8 anos (1969 a 1975) e 6 anos (1950 a 1955 e 2010 a 2016).

Maiores jejuns de títulos da atualidade entre os 12 grandes:
6 anos – Grêmio
3 anos – São Paulo
1 ano – Flamengo e Cruzeiro
0 ano – Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Fluminense, Inter, Palmeiras, Santos e Vasco

Jejum de títulos Brasileiros (desde 1971)
44 anos – Atlético-MG
36 anos – Internacional
21 anos – Palmeiras
20 anos – Botafogo
19 anos – Grêmio
15 anos – Vasco
11 anos – Santos
7 anos – São Paulo
6 anos – Flamengo
3 – Fluminense
1 ano – Cruzeiro
0 ano – Corinthians

Jejum de títulos da Copa do Brasil (desde 1989)
Botafogo e São Paulo – nunca conquistaram
23 anos – Internacional
14 anos – Grêmio
12 anos – Cruzeiro
8 – Fluminense
6 anos – Corinthians
5 anos – Santos
4 anos – Vasco
2 anos – Flamengo
1 ano – Atlético-MG
0 ano – Palmeiras

Jejum de títulos Estaduais
10 anos – São Paulo
7 anos – Palmeiras
5 anos – Grêmio
3 – Fluminense
2 anos – Botafogo e Corinthians
1 ano – Flamengo e Cruzeiro
0 ano – Internacional, Santos, Vasco e Atlético-MG

Jejum de títulos da Libertadores
Botafogo e Fluminense – nunca conquistaram
35 anos – Flamengo
21 anos – Grêmio
19 anos – Cruzeiro
18 anos – Vasco
17 anos – Palmeiras
10 anos – São Paulo
6 anos – Internacional
5 anos – Santos
4 anos – Corinthians
2 anos – Atlético-MG

Tags : Grêmio


Corinthians de Tite só ganhou um jogo fora em mata-matas da Libertadores
Comentários 4

Rodolfo Rodrigues

Ao empatar por 2 x 2 com o Nacional-URU, ontem, em jogo das oitavas de final da Libertadores, o Corinthians acabou eliminado mais uma vez num torneio de mata-mata. Foi a quinta vez em seu novo estádio, inaugurado em 2014. Sob o comando do técnico Tite, essa foi a quarta eliminação do time no torneio, sendo a terceira em casa.

Em 2011, o Corinthians acabou eliminado pelo Tolima-COL, ainda na pré-Libertadores. Em 2013, 2015 e 2016, foi eliminado nas oitavas de final, todas em casa. Na primeira, em 2013, pelo Boca Juniors-ARG. Em 2015 e 2016, na Arena Corinthians, para o Guaraní-PAR e para o Nacional-URU.

Com o técnico Tite, que dirigiu o clube nas edições de 2011, 2012, 2013, 2015 e 2016, o Corinthians conseguiu vencer apenas um jogo fora de casa em mata-mata (contra o Santos, na semifinal de 2012, jogando na Vila Belmiro, por 1 x 0, gol de Emerson Sheik).  Em nove jogos, o time empatou cinco e perdeu outros dois. Além disso, marcou apenas 3 gols jogando como visitante e acabou sofrendo 7 gols. Fora do Brasil, só perdeu ou empatou.

O fraco desempenho como visitante no primeiro jogo dos mata-matas foi crucial para a eliminação precoce do time nos últimos anos. Em 2013, perdeu para o Boca Juniors-ARG na Bombonera por 1 x 0. No jogo de volta, no Pacaembu, levou um gol cedo de Riquelme e depois conseguiu marcar apenas um dos três gols que precisava. Em 2015, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, o Corinthians jogou mal e perdeu por 2 x 0 para o Guaraní-PAR. Na volta, na Arena Corinthians, não teve forças para marcar e ainda sofreu um gol no finalzinho do jogo, sendo derrotado novamente (1 x 0). Agora, em 2016, teve novamente um desempenho ruim como visitante diante do Nacional-URU, não acertando uma finalização no gol adversário. E como em 2013, levou um gol cedo no jogo de volta e acabou eliminado após o empate por 2 x 2.

No geral, em todas as suas passagens pelo clube, Tite tem um retrospecto positivo em mata-matas, vencendo 16 e perdendo 10. Na Copa do Brasil, venceu um mata-mata (Luverdense-MT) e perdeu dois (Grêmio e Santos (casa)). O time perdeu para a Luverdense, empatou com o Grêmio e perdeu para o Santos.

No Paulistão, foram 11 mata-matas, com sete vitórias e quatro eliminações (três em casa – Ponte Preta, Palmeiras e Audax). Tite ganhou o Paulistão em 2013 e perdeu a final em 2011, para o Santos, na Vila. Nesses 11 mata-matas, o Corinthians jogou quatro jogos fora de casa (perdeu um, empatou dois e ganhou um).

Na Libertadores, foram cinco vitórias em mata-matas e quatro eliminações (Tolima, fora, e três em casa – Boca Juniors, Guaraní-PAR e Nacional-URU).

Além disso, venceu o São Paulo na Recopa Sul-Americana de 2013 e os dois jogos no Mundial de Clubes de 2012.


Simeone pode quebrar marca de 50 anos
Comentários 2

Rodolfo Rodrigues

O técnico argentino Diego Simeone conseguiu chegar a mais uma final da Liga dos Campeões com o Atlético de Madri. Vice-campeão em 2013/14, o treinador conseguiu mais uma grande façanha ao deixar novamente o Barcelona pelo caminho e também o poderoso Bayern Munique, do técnico Pep Guardiola.

Brigando pelo título do Campeonato Espanhol, faltando duas rodadas, Simeone tem nas mãos novamente um time forte, com uma defesa quase imbatível e pronto para ser campeão da Liga dos Campeões. Caso isso ocorra, Simeone poderá quebrar um tabu que já dura 50 anos. A última vez em que um treinador não europeu conquistou o torneio foi em 1965, com Helenio Herrera. O argentino foi bicampeão com a Internazionale de Milão-ITA.

Até hoje, em 60 edições, desde 1956, treinadores de apenas 13 países conquistaram a Liga dos Campeões (e a antiga Copa dos Campeões da Europa). Sendo que 12 países são europeus. O único país com treinador campeão de fora da Europa é justamente a Argentina. Além de Helenio Herrera, Luis Carniglia foi também bicampeão, mas dirigindo o Real Madrid em 1958 e 1959.

Outra novidade na final da Liga dos Campeões de 2015/16 é que um técnico será campeão pela primeira vez. Além de Simeone, tanto Zidane quanto Manuel Pellegrini ainda não venceram a Champions League. E caso o chileno Pellegrini leve o City para a final, a competição poderá ter dois técnicos sul-americanos na decisão pela segunda vez na história. A primeira foi em 1958, quando o argentino Luis Carniglia, do Real Madrid, venceu o uruguaio Héctor Puricelli, do Milan.

Entre os países sul-americanos, outros técnicos que chegaram à final, mas não venceram (além de Héctor Puricelli), foram o chileno Fernando Riera (vice com o Benfica em 1963), o brasileiro Otto Glória (também com o Benfica, em 1968), o argentino Juan Carlos Lorenzo (vice com o Atlético de Madri em 1974), o também argentino Héctor Cúper (vice duas vezes com o Valencia em 2000 e 2001) e o próprio Simeone (vice em 2014).

Técnicos campeões da Liga dos Campeões (e da antiga Copa dos Campeões da Europa):

FinalCampeãoPaísClube
1956José VillalongaESPReal Madrid
1957José VillalongaESPReal Madrid
1958Luis CarnigliaARGReal Madrid
1959Luis CarnigliaARGReal Madrid
1960Miguel MuñozESPReal Madrid
1961Béla GuttmannHUNBenfica
1962Béla GuttmannHUNBenfica
1963Nereo RoccoITAMilan
1964Helenio HerreraARGInternazionale
1965Helenio HerreraARGInternazionale
1966Miguel MuñozESPReal Madrid
1967Jock SteinESCCeltic
1968Matt BusbyESCManchester United
1969Nereo RoccoITAMilan
1970Ernst HappelAUTFeyenoord
1971Rinus MichelsHOLAjax
1972Ștefan KovácsROMAjax
1973Ștefan KovácsROMAjax
1974Udo LattekALEBayern Munique
1975Dettmar CramerALEBayern Munique
1976Dettmar CramerALEBayern Munique
1977Bob PaisleyINGLiverpool
1978Bob PaisleyINGLiverpool
1979Brian CloughINGNottingham Forest
1980Brian CloughINGNottingham Forest
1981Bob PaisleyINGLiverpool
1982Tony BartonINGAston Villa
1983Ernst HappelAUTHamburgo
1984Joe FaganINGLiverpool
1985Giovanni TrapattoniITAJuventus
1986Emerich JeneiROMSteaua Bucurește
1987Artur JorgePORPorto
1988Guus HiddinkHOLPSV Eindhoven
1989Arrigo SacchiITAMilan
1990Arrigo SacchiITAMilan
1991Ljupko PetrovićIUGEstrela Vermelha
1992Johan CruyffHOLBarcelona
1993Raymond GoethalsBELOlympique Marselha
1994Fabio CapelloITAMilan
1995Louis van GaalHOLAjax
1996Marcello LippiITAJuventus
1997Ottmar HitzfeldALEBorussia Dortmund
1998Jupp HeynckesALEReal Madrid
1999Alex FergusonESCManchester United
2000Vicente del BosqueESPReal Madrid
2001Ottmar HitzfeldALEBayern Munique
2002Vicente del BosqueESPReal Madrid
2003Carlo AncelottiITAMilan
2004José MourinhoPORPorto
2005Rafael BenítezESPLiverpool
2006Frank RijkaardHOLBarcelona
2007Carlo AncelottiITAMilan
2008Alex FergusonESCManchester United
2009Josep GuardiolaESPBarcelona
2010José MourinhoPORInternazionale
2011Josep GuardiolaESPBarcelona
2012Roberto Di MatteoITAChelsea
2013Jupp HeynckesALEBayern Munique
2014Carlo AncelottiITAReal Madrid
2015Luis EnriqueESPBarcelona


Técnicos vice-campeões da Liga dos Campeões (e da antiga Copa dos Campeões da Europa):

FinalVicePaísClube
1956Albert BatteuxFRAStade Reims
1957Fulvio BernardiITAFiorentina
1958Hector PuricelliURUMilan
1959Albert BatteuxFRAStade Reims
1960Paul OsswaldALEEintracht Frankfurt
1961Enrique OrizaolaESPBarcelona
1962Miguel MuñozESPReal Madrid
1963Fernando RieraCHIBenfica
1964Miguel MuñozESPReal Madrid
1965Elek SchwartzROMBenfica
1966Abdulah GegicIUGPartizan
1967Helenio HerreraARGInternazionale
1968Otto GlóriaBRABenfica
1969Rinus MichelsHOLAjax
1970Jock SteinESCCeltic
1971Ferenc PuskasHUNPanathinaikos
1972Giovanni InvernizziITAInternazionale
1973Cestemir VycpalekTCHJuventus
1974Juan Carlos LorenzoARGAtlético de Madri
1975Jimmy ArmfieldINGLeeds
1976Robert HerbinFRASaint Ettiene
1977Udo LattekALEBorussia Moenchengladbach
1978Ernst HappelAUTBrugge
1979Bob HoughtonINGMalmoe
1980Branko ZebecCROHamburgo
1981Vujadin BoskovIUGReal Madrid
1982Pal CsernaiHUNBayern Munique
1983Giovanni TrapattoniITAJuventus
1984Nils LiedholmSUERoma
1985Joe FaganINGLiverpool
1986Terry VenablesINGBarcelona
1987Udo LattekALEBayern Munique
1988Antônio OliveiraPORBenfica
1989Anghel IordanescuROMSteaua Bucareste
1990Sven-Goran EriksonSUEBenfica
1991Raymond GoethalsBELOlympique Marselha
1992Vujadin BoskovIUGSampdoria
1993Fabio CapelloITAMilan
1994Johan CruyffHOLBarcelona
1995Fabio CapelloITAMilan
1996Louis van GaalHOLAjax
1997Marcello LippiITAJuventus
1998Marcello LippiITAJuventus
1999Ottmar HitzfeldALEBayern Munique
2000Héctor CúperARGValencia
2001Héctor CúperARGValencia
2002Klaus ToppmöllerALEBayer Leverkusen
2003Marcello LippiITAJuventus
2004Didier DeschampsFRAMonaco
2005Carlo AncelottiITAMilan
2006Arsene WengerFRAArsenal
2007Rafa BenítezESPLiverpool
2008Avram GrantISRChelsea
2009Alex FergusonESCManchester United
2010Louis van GaalHOLBayern Munique
2011Alex FergusonESCManchester United
2012Jupp HeynckesALEBayern Munique
2013Jürgen KloppALEBorussia Dortmund
2014Diego SimeoneARGAtlético de Madri
2015Massimiliano AllegriITAJuventus

 

Tags : Simeone


Leicester e as zebras do século XXI
Comentários 5

Rodolfo Rodrigues

Campeão inglês pela primeira vez, o pequeno Leicester tornou-se o sexto clube a vencer a torneio desde o início da era da Premier League, em 1992/93. Desde então, apenas o Manchester United (13 vezes, todas com o técnico Alex Ferguson), Chelsea (4), Arsenal (2), Manchester City (2) e Blackburn (1), venceram o inglês.

No século XXI, o Leicester é a grande zebra na lista de campeões ingleses. Desde 2001, em 16 edições, o Manchester United levou sete taças. O Chelsea ficou com quatro títulos, enquanto City e Chelsea com dois cada.

Pela Europa, neste século, foram poucos os casos em que os pequenos derrubaram os grandes nos campeonatos nacionais. Na França, que já contou com a hegemonia do Lyon (heptcampeão) e do Paris Saint-Germain (atual tetracampeão), a grande zebra foi o Montpellier, em 2011/12. O Lille, campeão em 2011/12 também surpreendeu, sendo campeão depois de 57 anos.

Na Alemanha, em 16 edições, o Bayern Munique venceu 9 e está muito próximo da 10ª taça. O Borussia Dortmund ganhou três edições, o Stuttgart uma (em 2007, quando conquistou a Bundesliga pela quinta vez na história). A grande surpresa no século XXI foi o título do Wolfsburg, em 2008/09.

Na Itália, não houve zebra. A Juventus ganhou sete títulos no século (e ainda teve dois revogados por conta dos escândalos de corrupção). A Internazionale conquistou cinco títulos, o Milan dois e a Roma levou um.

Em Portugal, a grande surpresa foi o Boavista, campeão em 2000/01. O clube foi apenas o quinto a vencer o Campeonato Português depois do trio de gigantes do país Benfica, Porto e Sporting e do Belenenses, campeão em 1946. No século XXI, o Porto foi campeão nove vezes, o Benfica quatro (e está próximo de ganhar o de 2015/16), e o Sporting uma vez.

Na Espanha, o Barcelona ficou com sete títulos no século (e caminha para vencer o oitavo). O Real Madrid foi campeão cinco vezes. O Valencia levou duas vezes a taça, enquanto o Atlético de Madri ganhou uma. Por lá, a última zebra foi o La Coruña, campeão em 1999/00.

Na Escócia, o Celtic venceu 11 vezes e está próximo de ganhar o 12ª título no século. Já o Rangers, que faliu e acabou rebaixado para a quarta divisão, ganhou cinco vezes o campeonato nacional.

Na Turquia, a zebra do século foi o Bursaspor, que venceu o campeonato em 2009/10 pela primeira vez na história. Os três maiores times do países levaram os demais campeonatos: Galatasaray (seis vezes), Fenerbahçe (seis vezes) e Besiktas (duas).

Na Holanda, dois pequenos surpreenderam nesse século: o AZ Alkmaar, campeão em 2008/09 (dirigido por Van Gaal) e o Twente, campeão em 2009/10. O PSV Eindhoven foi campeão sete vezes e o Ajax outras seis vezes.

No Brasil, a grande supresa foi o Atlético-PR, campeão em 2001. Depois dele, os maiores campeões brasileiros no século XXI foram: Corinthians, Cruzeiro e São Paulo (três vezes cada), Fluminense e Santos (duas) e Flamengo (uma).

Na Argentina, que teve dois campeões por ano até 2014, os maiores campeões foram: Boca Juniors (7), River Plate e Vélez Sarsfield (5), San Lorenzo (3), Estudiantes, Newell's Old Boys e Racing (2), Argentinos Juniors e Independiente (1). Enquanto isso, os pequenos Arsenal (Clausura 2012), Banfield (Apertura 2009) e Lanús (Apertura 2007) ganharam o torneio pela primeira vez.


Time titular do Leicester valorizou 637%
Comentários Comente

Rodolfo Rodrigues

Provável campeão inglês, o pequeno Leicester começou o Campeonato Inglês de 2015/16 com o seu time titular avaliado em aproxidamente 26,7 milhões de euros. Dirigido pelo técnico italiano Claudio Ranieri, o Leicester fez uma campanha surpreendente tem tudo para ser campeão com duas rodadas de antecedência. Até aqui, em 36 jogos, 22 vitórias, 11 empates e apenas 3 derrotas.

O Chelsea, último campeão, perdeu 11 até agora. Caso o Tottenham não vença o Chelsea hoje à tarde, o Leicester será campeão. Se vencer, bastará ao time de Ranieri vencer o Everton, em casa, para ganhar seu primeiro título inglês.

Com uma campanha tão boa, o Leicester conseguiu valorizar seu elenco de forma inacreditável. O time titular, que valia 26,7 milhões de euros, está avaliado hoje em 196,9 milhões de euros. Um incrível aumento de 637%. Algo impensável no início da temporada. O atacante Jamie Vardy, de 29 anos, que valia 1,27 milhão de euros, hoje está cotado em 31,8 milhões. O meia Riyad Mahrez, de 25 anos, foi comprado pelo Leicester por 450 mil euros junto ao Le Havre-FRA. Hoje, está avaliado em 44 milhões de euros.

JogadorComprado por*Valor atual*
Kasper Schmeichellivre15,2
Danny Simpson2,56,4
Christian Fuchslivre7,6
Robert Huth3,88,9
Wes Morgan1,312,7
Albrightonlivre8,9
N'Golo Kante7,125,4
Danny Drinkwater1,315,2
Riyad Mahrez0,544,5
Jamie Vardy1,331,8
Shinji Okazaki8,920,3

Tags : Leicester


Público ruim nas decisões dos estaduais
Comentários Comente

Rodolfo Rodrigues

Sem a presença de muitos grandes (Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Grêmio, Cruzeiro, Flamengo e Fluminense) e com disputas em estádios menores, as finais dos estaduais disputadas ontem pelo Brasil contaram com públicos pequenos. Em São Paulo, a primeira final foi jogada em Osasco, no estádio José Liberatti e contou com apenas 12.269 pagantes. O menor desde 1990, quando o Paulistão contou com a final caipira entre Bragantino e Novorizontino (15 mil pagantes em cada jogo).

Em Minas Gerais, o primeiro jogo da final teve o pior público entre os principais estaduais. Somente 7.188 pagantes para uma renda de R$ 229.089,90. Muito pouco para um tradicional clássico e para o estádio Independência, estádio utilizado pelos dois clubes, e que tem capacidade para 23.018 torcedores. Ontem, o estádio teve ocupação de apenas 1/3 de sua capacidade.

Em Brasília, no Estádio Mané Garrincha, com capacidade para 72.788 torcedores, a final entre Luziânia e Ceilândia teve apenas 2.784 pagantes.

No Rio de Janeiro, a final entre Botafogo e Vasco teve o maior público do domingo, mas ainda assim pequeno pela importância do confronto, pela rivalidade histórica e até pelo momento em que as duas equipes atravessam. O Vasco, que não perde há 21 jogos, venceu o jogo que contou com 37.207 pagantes. Foram colocados 51 mil ingressos à venda no Maracanã, que passa por obras para as Olimpíadas e que foi reaberto excepcionalmente para a final.

No Rio Grande do Sul, a Federação Gaúcha de Futebol e o Juventude ainda não divulgaram a renda e o público da final, estimado aproximadamente 20 mil pagantes. Das 14 finais ontem (sem contar Gaúcho, Alagoano, Capixaba e Sul-mato-grossense, que não divulgaram o público), a média de público foi de 12.442.

Com públicos pequenos nas decisões, a média geral dos campeonatos também não empolga. No Paulistão, o melhor deles, a média de público é de 7.208. Em Minas, 4.810. No Gaúcho, 3.540. E no Carioca, 3.467.

Públicos das finais dos estaduais de 2016

Botafogo 0 x 1 Vasco
Maracanã. Público: 37.207; Renda: R$ 1.840.370,00

Atlético-PR 3 x 0 Coritiba
Arena da Baixada. Público: 26.357; Renda: R$ 1.043.910,00

Vitória 2 x 0 Bahia
Barradão. Público: 20.174; Renda: R$ 596.163,00

América-RN 3 x 3 ABC
Arena das Dunas. Público: 14.764; Renda: R$ 244.031,50

Audax 1 x 1 Santos
José Liberatti. Público: 12.269. Renda: R$ 463.730,00

Joinville 0 x 1 Chapecoense
Arena Joinville. Público: 11.576. Renda: R$ 234.125,00

Anápolis 0 x 0 Goiás
Jonas Duarte. Público: 9.042. Renda: R$ 205.620,00

 

Uniclinic 1 x 4 Fortaleza
PV. Público: 7.827. Renda: R$ 166.496,00

 

América-MG 2 x 1 Atlético-MG
Independência. Público: 7.188. Renda R$ 229.089,00

Luziânia-DF 2 x 0 Ceilândia-DF
Mané Garrincha. Público: 2.784. Renda R$ 33.200,00