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Arquivo : Cruzeiro

Os clubes que mais ficaram no G4 na era dos pontos corridos
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Rodolfo Rodrigues

Desde o início da era dos pontos corridos, em 2003, o Campeonato Brasileiro já teve 524 rodadas (contanto já as 10 rodadas de 2016). Desde então, o São Paulo é o clube que mais vezes esteve no G4, nas quatro primeiras colocações da tabela de classificação. O Tricolor já figurou por lá 241 vezes (em 46% do total de rodadas). Nas campanhas do bicampeonato em 2006/07, o time do Morumbi ficou no G4 em 66 das 76 rodadas. Em 2016, porém, o São Paulo ainda não conseguiu ingressar na zona de classificação para a Libertadores.

O Cruzeiro, campeão em 2003 e 2014, é o segundo clube que mais ficou no G4 (211 rodadas). Nos anos em que conquistou o Brasileirão, ficou 110 das 122 rodadas realizadas no G4. O clube mineiro é também o que mais vezes ficou na liderança (105 rodadas no total contra 83 do Corinthians). Desde o título de 2014, porém, a Raposa não consegue ficar entre os quatro primeiros. Já são 48 rodadas (38 em 2015 e 10 em 2016).

O Internacional, que já está há oito rodadas no G4 no Brasileirão de 2016, passou o Corinthians nesse ranking de rodadas entre os quatro primeiros. O Colorado tem agora 174 contra 172 do time paulista, que desde 2010 é quem mais ficou no G4 (110 rodadas, contra 101 do Grêmio, 100 do Fluminense e 92 do Cruzeiro).

O Palmeiras, líder do Brasileirão até aqui e com oito rodadas no G4, aparece em 9º no ranking, com 119 rodadas, duas atrás do Atlético-MG. Entre os 12 grandes, o Flamengo é o clube que menos permaneceu no G4 – 59 rodadas, contando essa 10ª de 2016. Nem no ano em que foi campeão (2009), o Flamengo conseguiu ficar muito tempo no G4 – foram apenas seis rodadas. O rubro-negro tem a chance agora de se igualar ao Goiás, que já ficou 60 rodadas.

Clubes que mais ficaram no G4 desde 2003:

Cluberodadas
São Paulo24164567150
Cruzeiro211105444319
Internacional17417574951
Corinthians17283392822
Grêmio16119377530
Santos14930523532
Fluminense14546313731
Atlético-MG12132501524
Palmeiras11929182151
Botafogo10823172444
Vasco7110211723
Goiás601172022
Flamengo5913151120
Atlético-PR581517917
Coritiba37331516
Ponte Preta319976
Paraná2616118
Vitória251699
São Caetano1810512
Sport205348
Figueirense163346
Ceará100343
Juventude90225
Náutico91125
Criciúma63102
Avaí41201
Santa Cruz42110
Bahia20011
Chapecoense20101
Guarani10100
Santo André10001

Pior início do Cruzeiro nos pontos corridos
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Rodolfo Rodrigues

Ao ser derrotado pelo Grêmio por 2 x 0, ontem, em Porto Alegre, o Cruzeiro caiu para a lanterna do Campeonato Brasileiro com apenas 8 pontos em 9 rodadas. A campanha da Raposa até essa etapa do campeonato (metade do primeiro turno) é a pior desde o início da era dos pontos corridos, em 2003.

Desde então, o time mineiro nunca havia fica na zona do rebaixamento até essa 9ª rodada. E sua pior campanha até então havia sido em 2009 e 2015, quando somou 10 pontos em 9 jogos. O atual time cruzeirense é o que menos ganhou nos 9 primeiros jogos (somente duas vitórias) e o que menos marcou gols (8).

Campanhas do Cruzeiro até a 9ª rodada do Brasileirão desde 2003

AnoPGVEDGPGCPos.
2003216302612
2004175221513
200513342151210º
200618531188
2007134142018
200817522158
20091031591413º
201015432118
20111233312910º
201214423121110º
201318531228
2014196121810
2015103159913º
2016822581420º

Um dos poucos clubes da história do Brasileirão a ter disputado todas as edições da competição desde 1971 (ao lado de Flamengo e Internacional), o Cruzeiro já ficou 6 das 9 rodadas de 2016 na zona do rebaixamento. E sua melhor colocação até aqui foi o 14º lugar na 5ª rodada. Esse é mais um recorde negativo da Raposa comandada pelo técnico português Paulo Bento. Desde 2003, o Cruzeiro ficou pouquíssimas vezes na zona do rebaixamento.

Rodadas na zona do rebaixamento do Cruzeiro desde 2003:
2007 – 2 (sendo as 2 até a 9ª rodada)
2009 – 1
2011 – 4 (sendo 3 até a 9ª rodada)
2015 – 4 (sendo as 4 até a 9ª rodada)

Bicampeão em 2013 e 2014, o Cruzeiro teve um início ruim também no Brasileirão do ano passado. Dirigido então por Marcelo Oliveira, o time chegou a ficar as quatro primeiras rodadas na zona do rebaixamento e ficou na lanterna pela primeira vez na 2ª rodada. Os maus resultados causaram a demissão do técnico que havia levado o time ao bicampeonato. Com Luxemburgo, a Raposa teve até uma melhora, mas o treinador também foi demitido depois de 17 rodadas, quando deixou o Cruzeiro na 16ª colocação na 21ª rodada. Seu substituto, Mano Menezes, foi quem conseguiu acertar o time com um aproveitamento de 62,5% dos pontos (Luxa teve 41,2%), levando a Raposa ao 8º lugar.

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River Plate: maior vitória argentina no Brasil
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Rodolfo Rodrigues

O River Plate conseguiu ontem mais uma façanha em solo brasileiro e eliminou o Cruzeiro da Libertadores após ser derrotado na primeira partida, em casa, por 1 x 0. No Mineirão, a equipe do técnico Marcelo Gallardo fez 3 x 0 na Raposa e garantiu sua vaga na semifinal do torneio sul-americano. De quebra, estabeleceu a maior vitória de um time argentino no Brasil na história da Libertadores, desde 1960.

Maior vitórias argentinas no Brasil na Libertadores
Cruzeiro 0 x 3 River Plate (2015 – quartas)
Paysandu 2 x 4 Boca Juniors (2003 – oitavas)
Santos 1 x 3 Boca Juniors (2003 – final)
Corinthians 1 x 3 River Plate (2006 – oitavas)
Atlético-PR 1 x 3 Vélez Sarsfield (2014 – 1ª fase)
Fluminense 0 x 2 Boca Juniors (2012 – 1ª fase)
Grêmio 0 x 2 Boca Juniors (2007 – final)

Em 2003 e em 2006, o River Plate já havia eliminado o Corinthians com vitórias em São Paulo. Dessa vez, fez mais uma vítima. Já o Cruzeiro, que havia vencido o River na final de 1976, perdeu pela quinta vez um confronto de mata-mata para um clube argentino. Após o título de 1976, perdeu todas. Em 1977, caiu para o Boca na final. Em 2008, nas oitavas, foi eliminado novamente pelo Boca Juniors. Em 2009, perdeu o título, em casa, para o Estudiantes. E ano passado caiu nas quartas para o San Lorenzo.

Essa derrota do Cruzeiro aumenta também a freguesia brasileira em mata-matas para clubes argentinos. Agora, de 46 disputadas, são 26 vitórias argentinas contra 20 brasileiras. Dessas, foram 9 vitórias argentinas em finais contra 4 brasileiras. Caso avancem nas semifinais, Inter e River Plate (ou Racing), poderão fazer mais uma final entre brasileiros e argentinos. Curiosamente, em jogos de fase de grupos os brasileiros levam a melhor.

Confronto entre brasileiros e argentinos na Libertadores

Mata-matas
Confrontos – 46
Brasileiros classificados/vitoriosos – 20
Argentinos classificados/vitoriosos – 26

Jogos em mata-matas
Jogos – 94
Vitórias dos brasileiros – 33
Empates – 20
Vitórias dos argentinos – 44
Gols dos brasileiros – 110
Gols dos argentinos – 123

Jogos nas fases de grupos
Jogos – 82
Vitórias dos brasileiros – 37
Empates – 15
Vitórias dos argentinos – 30
Gols dos brasileiros – 122
Gols dos argentinos – 97

 

 

 


Cruzeiro: único grande a não cair na 1ª fase da Libertadores
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Rodolfo Rodrigues

A vitória de 2 x 0 sobre o Universitario Sucre, ontem, no Mineirão, classificou o Cruzeiro para as oitavas de final da Copa Libertadores. A Raposa, que tinha chance de ser eliminada após a derrota na partida contra o Huracán, se recuperou e ainda ficou na primeira colocação do seu grupo.

Assim, o time mineiro manteve sua sina de nunca ter sido eliminado na fase de grupos da Libertadores. Em suas 15 edições disputadas, a Raposa sempre conseguiu passar para as oitavas de final ou fase semifinal (como era no regulamento antigo, nas décadas de 1960 e 1970).

Entre os 12 grandes do futebol brasileiro, nenhum outro conseguiu esse retrospecto até hoje. Já entre os 27 brasileiros que já jogaram Libertadores, Criciúma, Goiás, Paraná, Paysandu e São Caetano também não caíram na primeira fase (de grupos). Porém, disputaram apenas uma edição (no caso dos quatro primeiros clubes) e três edições (São Caetano).

Dos 12 grandes, quem mais caiu na primeira fase foi o Flamengo (quatro vezes). Essa marca poderá ser igualada hoje caso o São Paulo seja eliminado. Já outro grande que pode cair hoje é o Atlético-MG, que precisa vencer o Colo-Colo-CHI, em casa, por diferença de dois gols. O Inter até pode cair, mas é bem improvável. Teria que perder em casa para o boliviano The Strongest e torcer para o Emelec vencer o Universidad de Chile. Já o Corinthians é o único a cair na fase preliminar, em 2011.

O São Paulo foi eliminado pela última vez em 1987, quando coincidentemente era presidido por Carlos Miguel Aidar. Desde então, passou em todas as 13 edições, sendo campeão em três e vice em mais duas.

Retrospecto dos 12 grandes do futebol brasileiro na Copa Libertadores por fases alcançadas:

Cruzeiro – 15 edições disputadas
Títulos: 2 (1976 e 1997)
Vices: 2 (1977 e 2009)
Semifinais: 2 (1967 e 1975)
Quartas: 3 (2001, 2010 e 2014)
Oitavas: 5 (1994, 1998, 2004, 2008, 2011 e 2015*)

Atlético-MG – 7 edições disputadas
Títulos: 1 (2013)
Semifinais: 1 (1978)
Quartas: 1 (2000)
Oitavas: 1 (2014)
Fase de grupos: 3 (1972, 1981 e 2015*)

Botafogo – 4 edições disputadas
Semifinais: 2 (1963 e 1973)
Oitavas: 1 (1996)
Fase de grupos: 1 (2014)

Corinthians – 12 edições disputadas
Títulos: 1 (2012)
Semifinais: 1 (2000)
Quartas: 2 (1996 e 1999)
Oitavas: 5 (1991, 2003, 2006, 2010, 2013 e 2015*)
Fase de grupos: 1 (1977)
Fase preliminar: 1 (2011)

Flamengo – 12 edições disputadas
Títulos: 1 (1981)
Semifinais: 2 (1982 e 1984)
Quartas: 3 (1991, 1993 e 2010)
Oitavas: 2 (2007 e 2008)
Fase de grupos: 4 (1983, 2002, 2012 e 2014)

Fluminense – 6 edições disputadas
Vices: 1 (2008)
Quartas: 2 (2012 e 2013)
Oitavas: 1 (2011)
Fase de grupos: 2 (1971 e 1985)

Grêmio – 15 edições disputadas
Títulos: 2 (1983 e 1995)
Vices: 2 (1984 e 2007)
Semifinais: 3 (1996, 2002 e 2009)
Quartas: 3 (1997, 1998 e 2003)
Oitavas: 3 (2011, 2013 e 2014)
Fase de grupos: 2 (1982 e 1990)

Internacional – 10 edições disputadas
Títulos: 2 (2006 e 2010)
Vices: 1 (1980)
Semifinais: 2 (1977 e 1989)
Oitavas: 2 (2011 e 2012)
Fase de grupos: 3 (1976, 1993, 2007 e 2015*)

Palmeiras – 15 edições disputadas
Títulos: 1 (1999)
Vices: 3 (1961, 1968 e 2000)
Semifinais: 2 (1971 e 2001)
Quartas: 2 (1995 e 2009)
Oitavas: 4 (1994, 2005, 2006 e 2013)
Fase de grupos: 3 (1973, 1974 e 1979)

Santos – 12 edições disputadas
Títulos: 3 (1962, 1963 e 2011)
Vices: 1 (2003)
Semifinais: 4 (1964, 1965, 2007 e 2012)
Quartas: 3 (2004, 2005 e 2008)
Fase de grupos: 1 (1984)

São Paulo – 17 edições disputadas
Títulos: 3 (1992, 1993 e 2005)
Vices: 3 (1974, 1994 e 2006)
Semifinais: 3 (1972, 2004 e 2010)
Quartas: 2 (2008 e 2009)
Oitavas: 2 (2007 e 2013)
Fase de grupos: 3 (1978, 1982 e 1987)

Vasco – 8 edições disputadas
Títulos: 1 (1998)
Quartas: 3 (1990, 2001 e 2012)
Oitavas: 1 (1999)
Fase de grupos: 3 (1975, 1980 e 1985)

* Em andamento


No Cruzeiro, Leandro Damião iguala número de gols que fez pelo Santos
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Rodolfo Rodrigues

Aos 25 anos, o atacante Leandro Damião parece ter reencontrado seu bom futebol. Em apenas 14 jogos pelo Cruzeiro, em pouco mais de dois meses, o centroavante anotou 11 gols, superando o total de gols que fez pelo Santos na temporada toda de 2014 (em 44 jogos disputados). Hoje, contra o Mineros, da Venezuela, pela Copa Libertadores, Damião fez um gols e chegou a 7 gols nos últimos 8 jogos.

Contratado no início do ano passado pelo Santos por 42 milhões de reais, a segunda transferência mais cara do futebol brasileiro em todos os tempos (atrás apenas de Tevez, comprado pelo Corinthians por cerca de 60 milhões de reais), Leandro Damião decepcionou no Santos em 2014. Com a camisa 9 do time paulista, fez 5 gols no Paulistão, onde foi titular nos 13 jogos que disputou. No Brasileirão, foi titular em 18 dos 26 jogos que fez entre os 38 do campeonato todo. Marcou 6 gols e passou um jejum de 8 jogos sem marcar. No geral, Damião fez gols em apenas 23% dos jogos disputados pelo Santos, média de 0,25 gol jogo.

Pelo Internacional, entre 2010 e 2013, marcou 89 gol sem 189 jogos (média de 0,47 por partida). Já no Cruzeiro, em 14 jogos, fez gols em 62% dos jogos e tem uma média de 0,79 gol por jogo. Damião passou em branco em cinco jogos e marcou gols em 9 partidas. De quebra, foi titular em 100% das 14 partidas que fez na equipe de Marcelo Oliveira. Além dos 11 gols, deu quatro assistências para gols e vem sendo um dos destaques do bicampeão brasileiro.

Emprestado pelo Santos ao Cruzeiro, o atacante foi cedido ao time mineiro até o final de 2015 de graça. O Cruzeiro arca com 70% do salário do centroavante, cerca de R$ 400 mil, enquanto o Santos paga ainda aproximadamente R$ 250 mil por mês. Contratado pelo Santos com o aporte financeiro da Doyen Sports, Leandro Damião, caso seja vendido enquanto atua pela Raposa, renderá 20% do lucro da venda ao time paulista. O restante, 80%, ficará com os investidores.