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Arquivo : Fluminense

Quem são os maiores artilheiros dos times da Série A em Brasileiros
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Rodolfo Rodrigues

O meia Diego Souza marcou ontem um belo gol de falta e ajudou o Sport a vencer o Vitória, fora de casa, por 2 x 1. Com isso, Diego Souza chegou a 7 gols no Brasileirão de 2017 e a 34 com a camisa do Sport na história da competição, tornando-se o maior artilheiro do clube desde 1971 ao lado de Leonardo, que jogou entre 1994 e 2000.

Dos jogadores em atividade e atuando no clube, Diego Souza é o único recordista entre os 20 clubes da Série A desde 1971. Na era dos pontos corridos, porém, existem outros maiores artilheiros em atividade, com o Jô, do Corinthians, e Keirrison, do Coritiba. No Palmeiras, Dudu, com 19 gols, está a apenas um gol de igualar Marcinho e Juninho.

Na lista dos maiores artilheiros do Brasileirão desde 2003, Diego Souza está agora na 6ª colocação com 84 gols, um a menos do que Luis Fabiano (85). Fred, com 132 gols, é o líder, seguido por Paulo Baier (106), Alecsandro (100) e Borges (99).

Maiores artilheiros dos clubes da Série A em Brasileiros, desde 1971:
Atlético-GO:
Juninho (2010-2012), 13 gols
Atlético-MG: Reinaldo (1973-1983), 89 gols
Atlético-PR: Kléber Pereira (1999-2002), 39 gols
Avaí: William (2009-2015), 26 gols
Bahia: Douglas (1972-1980), 35 gols
Botafogo: Túlio (1994-2000), 69 gols
Chapecoense: Bruno Rangel (2014-2016), 22 gols
Corinthians: Marcelinho Carioca (1994-2000), 52 gols
Coritiba: Zé Roberto (1972-1974), 34 gols
Cruzeiro: Marcelo Ramos (1995-2003), 45 gols
Flamengo: Zico (1971-1989), 139 gols
Fluminense: Fred (2009-2016), 91 gols
Grêmio: Tarciso (1973-1985), 78 gols
Palmeiras: Leivinha (1971-1975), 41 gols
Ponte Preta: Washington (2001-2002), 34 gols
Santos: Neymar (2009-2013), 54 gols
São Paulo: Luis Fabiano (2001-2015), 108 gols
Sport: Diego Souza (2014-2017) e Leonardo (1994-2000), 34 gols
Vasco: Roberto Dinamite (1971-1992), 181 gols
Vitória: Allann Delon (1998-2004), 36 gols

Maiores artilheiros dos clubes da Série A em Brasileiros na era dos pontos corridos, desde 2003:
Atlético-GO: Juninho (2010-2012), 13 gols
Atlético-MG: Diego Tardelli (2009-2014), 46 gols
Atlético-PR: Paulo Baier (2009-2013), 33 gols
Avaí: William (2009-2015), 26 gols
Bahia: Souza (2011-2013), 19 gols
Botafogo: Lúcio Flávio (2006-2010), 28 gols
Chapecoense: Bruno Rangel (2014-2016), 22 gols
Corinthians: Jô (2003-2017), 27 gols
Coritiba: Keirrison (2008-2017), 25 gols
Cruzeiro: Wellington Paulista (2009-2012), 33 gols
Flamengo: Renato Abreu (2005-2013), 40 gols
Fluminense: Fred (2009-2016), 91 gols
Grêmio: Jonas (2007-2010), 40 gols
Palmeiras: Marcinho (2005-2006) e Juninho Paulista (2005-2006), 20 gols
Ponte Preta: Roger (2003-2016), 25 gols
Santos: Neymar (2009-2013), 54 gols
São Paulo: Luis Fabiano (2003-2015), 80 gols
Sport: Diego Souza (2014-2017) e Leonardo (1994-2000), 34 gols
Vasco: Leandro Amaral (2006-2008), 32 gols
Vitória: Dinei (2008-2014), 33 gols


Os clubes brasileiros com mais títulos nacionais
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Rodolfo Rodrigues

Cruzeiro e Flamengo decidem hoje a Copa do Brasil de 2017. O time mineiro, campeão em 1993, 1996, 2000 e 2003, pode chegar hoje ao penta da competição (e empatar com o Grêmio como o maior campeão do torneio) e ao seu nono título nacional – foi campeão brasileiro em 2003, 2013 e 2014 e da Taça Brasil em 1966.

O rubro-negro, por outro lado, já ganhou a Copa do Brasil em 1990, 2006 e 2013 e pode ser tetracampeão hoje, igualando a marca da Raposa. Seis vezes campeão do Brasileirão (1980, 1982, 1983, 1987, 1992 e 2009), o Fla pode chegar hoje a sua décima conquista nacional e se tornar o segundo maior campeão, atrás apenas do Palmeiras, que tem 12 títulos.

Clubes brasileiros com mais títulos nacionais:
1º Palmeiras – 12
Campeonato Brasileiro (5) – 1972, 1973, 1993, 1994 e 2016
Taça Brasil (2) – 1960 e 1967
Robertão (2) – 1967 e 1969
Copa do Brasil (3) – 1998, 2012 e 2015

2º Corinthians – 9
Campeonato Brasileiro (6) – 1990, 1998, 1999, 2005, 2011 e 2015
Copa do Brasil (3) – 1995, 2002 e 2009

2º Flamengo – 9
Campeonato Brasileiro (6) – 1980, 1982, 1983, 1987, 1992 e 2009
Copa do Brasil (3) – 1990, 2006 e 2013

2º Santos – 9
Campeonato Brasileiro (2) – 2002 e 2004
Taça Brasil (5) – 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965
Robertão (1) – 1968
Copa do Brasil (1) – 2010

5º Cruzeiro – 8
Campeonato Brasileiro (3) – 2003, 2013 e 2014
Taça Brasil (1) – 1966
Copa do Brasil (4) – 1993, 1996, 2000 e 2003

6º Grêmio – 7
Campeonato Brasileiro (2) – 1981 e 1996
Copa do Brasil (5) – 1989, 1994, 1997, 2001 e 2016

7º São Paulo – 6
Campeonato Brasileiro (6) – 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008

8º Fluminense – 5
Campeonato Brasileiro (3) – 1984, 2010 e 2012
Robertão (1) – 1970
Copa do Brasil (1) – 2007

8º Vasco – 5
Campeonato Brasileiro (4) – 1974, 1989, 1997 e 2000
Copa do Brasil (1) – 2011

10º Internacional – 4
Campeonato Brasileiro (3) – 1975, 1976 e 1979
Copa do Brasil (1) – 1992

11º Atlético-MG – 2
Campeonato Brasileiro (1) – 1971
Copa do Brasil (1) – 2014

11º Bahia – 2
Campeonato Brasileiro (1) – 1989
Taça Brasil (1) – 1959

11º Botafogo – 2
Campeonato Brasileiro (1) – 1995
Taça Brasil (1) – 1968

11º Sport – 2
Campeonato Brasileiro (1) – 1987
Copa do Brasil (1) – 2008

15º Atlético-PR – 1
Campeonato Brasileiro (1) – 2001

15º Coritiba – 1
Campeonato Brasileiro (1) – 1985

15º Criciúma – 1
Copa do Brasil (1) – 1991

15º Guarani – 1
Campeonato Brasileiro (1) – 1978

15º Juventude – 1
Copa do Brasil (1) – 1999

15º Paulista – 1
Copa do Brasil (1) – 2005

15º Santo André – 1
Copa do Brasil (1) – 2004


O caminho das equipes na reta final do Brasileirão
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Rodolfo Rodrigues

O Campeonato Brasileiro completou praticamente 2/3 de seus 380 jogos nesse final de semana após as nove partidas da 25ª rodada (Sport x Vasco jogam amanhã). Restando agora 13 rodadas (1/3 da disputa), a competição deverá ter uma disputa intensa contra o rebaixamento. No G6, bloco dos classificados para a Libertadores, a disputa parece definida, ainda mais que um deles já estará garantido pelo título da Copa do Brasil (Cruzeiro e Flamengo).

Um fator importante nessas rodadas finais é o mando de campo. Dez equipes terão pela frente sete partidas em casa e seis fora. Outros dez, o inverso (seis como mandante e sete como visitante).

6 jogos em casa e 7 fora nas últimas 13 rodadas:
Corinthians (1º), Santos (2º), Flamengo (7º), Chapecoense (9º), Atlético-MG (11º), Fluminense (12º), Sport (15º), Vitória (16º), Coritiba (19º) e Atlético-GO (20º)

7 jogos em casa e 6 fora nas últimas 13 rodadas:
Grêmio (3º), Palmeiras (4º), Cruzeiro (5º), Botafogo (6º), Atlético-PR (8º), Vasco (10º), Bahia (13º), Avaí (14º), São Paulo (17º) e Ponte Preta (18º)

Abaixo, o caminho de cada equipe até a 38ª rodada e os confrontos contra equipes que estão no G6 (em azul) e no Z4 (em vermelho):

1º Corinthians
Cruzeiro (f), Coritiba (c), Bahia (f), Grêmio (c), Botafogo (f), Ponte Preta (f), Palmeiras (c), Atlético-PR (f), Avaí (c), Fluminense (c), Flamengo (f), Atlético-MG (c) e Sport (f)

2º Santos
Palmeiras (f), Ponte Preta (f), Vitória (c), Sport (f), Atlético-GO (c), São Paulo (f), Atlético-MG (c), Vasco (c), Chapecoense (f), Bahia (f), Grêmio (c), Flamengo (f) e Avaí (c)

3º Grêmio
Fluminense (c), Cruzeiro (c), Coritiba (f), Corinthians (f), Palmeiras (c), Avaí (f), Flamengo (c), Ponte Preta (f), Vitória (c), São Paulo (c), Santos (c), Atlético-GO (c) e Atlético-MG (f)

4º Palmeiras
Santos (c), Bahia (c), Atlético-GO (f), Ponte Preta (c), Grêmio (f), Cruzeiro (c), Corinthians (f), Vitória (f), Flamengo (c), Sport (c), Avaí (f), Botafogo (c) e Atlético-PR (f)

5º Cruzeiro
Corinthians (c), Grêmio (f), Ponte Preta (c), Coritiba (f), Atlético-MG (c), Palmeiras (f), Atlético-PR (c), Flamengo (f), Fluminense (c), Avaí (c), Vitória (f), Vasco (c) e Botafogo (f)

6º Botafogo
Vitória (c), Chapecoense (c), Vasco (f), Avaí (f), Corinthians (c), Atlético-MG (f), Fluminense (c), Sport (f), Atlético-PR (c), Atlético-GO (c), São Paulo (f), Palmeiras (f) e Cruzeiro (c)

7º Flamengo
Ponte Preta (f), Fluminense (c), Chapecoense (f), Bahia (c), São Paulo (f), Vasco (c), Grêmio (f), Cruzeiro (c), Palmeiras (f), Coritiba (f), Corinthians (c), Santos (c) e Vitória (f)

8º Atlético-PR
Atlético-MG (c), Atlético-GO (c), São Paulo (f), Vitória (f), Sport (c), Chapecoense (c), Cruzeiro (f), Corinthians (c), Botafogo (f), Ponte Preta (f), Vasco (c), Avaí (f) e Palmeiras (c)

9º Chapecoense
Vasco (f), Botafogo (f), Flamengo (c), Atlético-MG (f), Fluminense (c), Atlético-PR (f), Sport (c), São Paulo (f), Santos (c), Vitória (c), Atlético-GO (f), Bahia (f) e Coritiba (c)

10º Vasco
Chapecoense (c), Avaí (f), Botafogo (c), Atlético-GO (f), Coritiba (c), Flamengo (f), Vitória (c), Santos (f), São Paulo (c), Atlético-MG (c), Atlético-PR (f), Cruzeiro (f) e Ponte Preta (c)

11º Atlético-MG
Atlético-PR (f), São Paulo (f), Sport (f), Chapecoense (c), Cruzeiro (f), Botafogo (c), Santos (f), Atlético-GO (c), Bahia (f), Vasco (f), Coritiba (c), Corinthians (f) e Grêmio (c)

12º Fluminense
Grêmio (f), Flamengo (f), Avaí (c), São Paulo (c), Chapecoense (f), Bahia (c), Botafogo (f), Coritiba (c), Cruzeiro (f), Corinthians (f), Ponte Preta (c), Sport (c) e Atlético-GO (f)

13º Bahia
Coritiba (c), Palmeiras (f), Corinthians (c), Flamengo (f), Vitória (c), Fluminense (f), Ponte Preta (c), Avaí (f), Atlético-MG (c), Santos (c), Sport (f), Chapecoense (c) e São Paulo (f)

14º Avaí
Atlético-GO (c), Vasco (c), Fluminense (f), Botafogo (c), Ponte Preta (f), Grêmio (c), Coritiba (f), Bahia (c), Corinthians (f), Cruzeiro (f), Palmeiras (c), Atlético-PR (c) e Santos (f)

15º Sport
São Paulo (f), Vitória (f), Atlético-MG (c), Santos (c), Atlético-PR (f), Coritiba (c), Chapecoense (f), Botafogo (c), Atlético-GO (f), Palmeiras (f), Bahia (c), Fluminense (f) e Corinthians (c)

16º Vitória
Botafogo (f), Sport (c), Santos (f), Atlético-PR (c), Bahia (f), Atlético-GO (c), Vasco (f), Palmeiras (c), Grêmio (f), Chapecoense (f), Cruzeiro (c), Ponte Preta (f) e Flamengo (c)

17º São Paulo
Sport (c), Atlético-MG (f), Atlético-PR (c), Fluminense (f), Flamengo (c), Santos (c), Atlético-GO (f), Chapecoense (c), Vasco (f), Grêmio (f), Botafogo (c), Coritiba (f) e Bahia (c)

18º Ponte Preta
Flamengo (c), Santos (c), Cruzeiro (f), Palmeiras (f), Avaí (c), Corinthians (c), Bahia (f), Grêmio (c), Coritiba (f), Atlético-PR (c), Fluminense (f), Vitória (c) e Vasco (f)

19º Coritiba
Bahia (f), Corinthians (f), Grêmio (c), Cruzeiro (c), Vasco (f), Sport (f), Avaí (c), Fluminense (f), Ponte Preta (c), Flamengo (c), Atlético-MG (f), São Paulo (c) e Chapecoense (f)

20º Atlético-GO
Avaí (f), Atlético-PR (f), Palmeiras (c), Vasco (c), Santos (f), Vitória (f), São Paulo (c), Atlético-MG (f), Sport (c), Botafogo (f), Chapecoense (c), Grêmio (f) e Fluminense (c)


Corinthians: time com mais rodadas na liderança desde 2003
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Rodolfo Rodrigues

Líder do Brasileirão de 2017 desde a 5ª rodada, o Corinthians acumulou até agora 20 rodadas na 1ª colocação no campeonato desse ano. Assim, chegou a marca de 110 rodadas na liderança, ultrapassou o Cruzeiro (com 109) e se tornou o clube com mais rodadas na primeira posição desde o início da era dos pontos corridos, em 2003.

Com mais 14 rodadas até o final do campeonato, o Corinthians – que já tem pelo menos mais três rodadas na liderança garantidas, já que abriu 10 pontos sobre o Grêmio, o segundo colocado -, poderá terminar o Brasileirão com 34 rodadas na liderança e quebrar outro recorde do Cruzeiro. Desde 2006, quando o campeonato passou a ser disputado por 20 clubes, a Raposa foi a equipe que mais rodadas ficou na liderança em uma só edição do Brasileirão (33 em 2013). Desde o início da era dos pontos corridos, o Cruzeiro também é o maior recordista com 40 rodadas, em 2003, quando o campeonato foi disputado por 24 clubes e teve 46 rodadas.

O São Paulo, tricampeão em 2006, 2007 e 2008, aparece no terceiro lugar no ranking dos clubes que mais vezes lideraram o Brasileirão desde 2003, em 576 rodadas disputadas até aqui, seguido pelo Palmeiras (55), Fluminense (48) e Atlético-MG (32). Entre os 12 grandes, o Vasco é o time que menos ficou na liderança (apenas 10 rodadas), seguido por Flamengo (13) e Inter (14).

Desde 2003, o Corinthians é atualmente o 3º entre os clubes que mais vezes ficaram no G4, com 211 rodadas. Mas poderá alcançar ainda esse ano a marca do Cruzeiro, o segundo colocado, com 216 rodadas. O São Paulo, com 245 rodadas, ainda é o clube que mais vezes ficou no G4.

Clubes que mais vezes ficaram na liderança no Brasileirão na era dos pontos corridos, desde 2003:

Corinthians110
Cruzeiro109
São Paulo68
Palmeiras55
Fluminense48
Atlético-MG32
Santos27
Botafogo21
Grêmio20
Atlético-PR15
Internacional14
Flamengo13
Vasco10
Ponte Preta9
Sport5
Coritiba3
Criciúma3
Figueirense3
Chapecoense2
Santa Cruz2
Avaí1
Bahia1
Goiás1
Juventude1
Náutico1
Paraná1
São Caetano1
Vitória1

 


Desde 2003, campeões brasileiros tiveram queda de rendimento na campanha
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Rodolfo Rodrigues

Time com a melhor campanha do 1º turno na história dos pontos corridos, com 47 pontos, e único a fechar um turno invicto, o Corinthians iniciou o 2º turno com uma grande queda de rendimento – três derrotas e uma vitória. Hoje, o time treinado por Fábio Carille tem a terceira pior campanha do returno, com três pontos, melhor apenas do que Coritiba (2) e Sport (1).

Com 7 pontos de vantagem sobre o Grêmio, 2º colocado, e 9 sobre o Santos, 3º colocado, e 50 pontos até a 23ª rodada, o Corinthians ainda tem uma das melhores campanhas de um líder nessa etapa do campeonato e também uma das maiores vantagens sobre os concorrentes. Desde 2003, apenas três times conseguiram chegar aos 50 pontos (São Paulo, em 2007, Cruzeiro, em 2013, e o próprio Corinthians, em 2015). Desses, o São Paulo (2007) e o Cruzeiro (2013), conseguiram a maior vantagem sobre o vice-líder (8 pontos).

E desde 2003, a queda de rendimento na campanha dos campeões é algo comum. Principalmente no meio do campeonato. Um padrão que pode se observar é de que esses times campeões quase sempre começam o Brasileirão muito bem, têm depois uma pequena queda de rendimento, e depois voltam a ter uma boa arrancada rumo ao título. O técnico espanhol Pep Guardiola recentemente disse que um campeonato por por corridos se ganha, basicamente, com o bom desempenho nas oito primeiras e nas oito últimas rodadas em campeonatos de 38 rodadas.

Nas 14 edições anteriores do Brasileirão por pontos corridos, desde 2003, os campeões tiveram queda de rendimento durante a campanha. Uns mais, outros menos. Relembre:
2003 (Cruzeiro)
Invicto nas nove primeiras rodadas (6 vitórias e 3 empates), a Raposa teve uma queda de rendimento entre a 21ª e 28ª rodada (eram 46 rodadas naquele ano), quando venceu dois jogos, empatou três e perdeu três. Depois disso, teve duas sequências de oito vitórias seguidas até o título.
1º turno – EVVVVEVVEDVEDVVDVVVVDVE
2º turno – EDVEDVVVVVVVVDDVVVVVVVV

2004 (Santos)
O time do Santos campeão de 2004 fugiu um pouco do padrão e teve um início ruim no Brasileirão. Em 8 rodadas, venceu apenas duas partidas e perdeu cinco. O mau rendimento causou a queda do técnico Leão, trocado por Luxemburgo. Depois disso, o time venceu sete partidas seguidas e teve uma queda de rendimento entre a 21ª e a 25ª rodada (três derrotas e duas vitórias). Fechou depois o campeonato com uma invencibilidade de nove jogos.
1º turno – DVDDVDDEVVVVVVVDVEVVDDV
2º turno – VDVEVEVVVDVEVDEVEVVEVVV

2005 (Corinthians)
Com um empate e duas derrotas (uma delas por 5 x 1 para o rival São Paulo), o Corinthians demitiu o técnico argentino Daniel Passarela logo no início do Brasileirão. Depois disso, com o interino Márcio Bittencourt deu uma arrancada no campeonato com 11 vitórias em 13 rodadas. Mas entre a 17ª e 22ª rodada o time teve uma queda de rendimento, com uma vitória, três empates e duas vitórias em seis jogos. Pouco depois, o time até trocou novamente de técnico – entrou Antônio Lopes na 27ª rodada, e teve uma sequência de 14 jogos de invencibilidade.
1º turno – EDDVVVVVDDVVVVVVDEVED
2º turno – EVVEVVVVVEVEVEDVVDEVD

2006 (São Paulo)
Treinado por Muricy Ramalho, o São Paulo de 2006 teve uma das campanhas mais regulares entre os campeões. Da 7ª rodada até a 14ª, ficou invicto e deu uma boa arrancada com seis vitórias e dois empates. Da 15ª a 23ª, não somou tantos pontos (3 vitórias, 5 empates e 1 derrota), em seu pior momento na competição. Depois disso, encerrou o Brasileirão com uma invencibilidade de 13 jogos.
1º turno – VDVVDVVEVEVVVDEVEVE
2º turno – EVEVVDEVVVEVEVVVEVE

2007 (São Paulo)
O time de Muricy Ramalho teve a melhor defesa na história dos pontos corridos e chegou a ficar 9 jogos seguidos sem tomar gol. Na campanha, ficou 16 jogos sem perder (da 13ª a 28ª rodada) e só foi ter uma pequena queda de rendimento entre a 29ª e 31ª rodada (duas derrotas seguidas e um empate).
1º turno – VDEVDVVEVEEDVVVVVVV
2º turno – EVVVEVVVVDDEVVVDVED

2008 (São Paulo)
Novamente comandado por Muricy, o São Paulo fez uma campanha de recuperação após um 1º turno não muito bom (9 vitórias, 6 empates e 4 derrotas). No returno, perdeu o primeiro jogo e depois ficou 18 partidas sem perder até o título, ultrapassando o Grêmio na reta final.
1º turno – DEEEVVVEEDVVVDVEVDV
2º turno – DVEEEVEVVVEVVVVVVEV

2009 (Flamengo)
Outro campeão que teve um primeiro turno ruim e uma arrancada no returno, o Flamengo teve seu pior momento entre a 15ª e a 20ª rodada, quando venceu apenas um jogo, empatou outro e perdeu quatro, sendo três seguidos. Da 22ª até a 38ª rodada, porém, perdeu apenas um jogo, e deixou o líder Palmeiras e depois o São Paulo para trás nas rodadas finais.
1º turno – DEVVDDVEVEDEEVVEDVD
2º turno – DDVEVVEVEVVVDVVVEVV

2010 (Fluminense)
O time do técnico Muricy ficou invicto da 4ª até 18ª rodada e disparou na liderança. No final do 1º turno e início do 2º turno, porém, teve seu momento de instabilidade. Da 17ª a 23ª rodada, venceu apenas um jogo, empatou três e perdeu três. Depois, da 29ª a 33ª rodada, ficou sem vencer (três empates e duas derrotas), mas acabou campeão com nove jogos de invencibilidade.
1º turno – DVDVVVVEVVEVVVEVEED
2º turno – VDDEVVVEDDEEVEVEVVV

2011 (Corinthians)
Comandado por Tite, o Corinthians teve um ótimo início, com 9 vitórias e 1 empate (sendo 7 vitórias seguidas). Depois, da 18ª a 25ª rodada, teve uma queda grande de rendimento. Em 8 jogos, perdeu cinco, empatou um e venceu apenas dois. Na reta final, venceu quatro jogos seguidos e foi campeão com um empate contra o Palmeiras na última rodada.
1º turno – VVEVVVVVVVDDVEEEVDD
2º turno – VDVDDEVEVDVEVDVVVVE

2012 (Fluminense)
O time do técnico Abel Braga foi regular durante quase todo o Brasileirão e só foi ter sua queda de rendimento nas rodadas finais, após o título. Invicto até a 11ª rodada, teve ainda mais duas boas invencibilidades (12 jogos entre a 13ª e 24ª rodada) e seis jogos entre a 26ª e 31ª rodada, com cinco vitórias seguidas. Terminou o Brasileirão com duas derrotas e um empate nas três rodadas finais.
1º turno – VEEEVVVVEVVDEVVVEVV
2º turno – EEVVVDVVVVVEDVEVDED

2013 (Cruzeiro)
O time do técnico Marcelo Oliveira deu uma arrancada entre a 15ª e a 26ª rodada, quando ganhou 11 jogos (oito seguidos) e empatou mais um. Depois disso, entre a 27ª e a 30ª rodada, perdeu três jogos e venceu apenas um. Mas depois, venceu quatro jogos seguidos e chegou ao título na 34ª rodada. Nas últimas quatro rodadas, já campeão, empatou dois e perdeu outros dois jogos.
1º turno – VEDVEEVVVDVVEDVVVVV
2º turno – VVVEVVVDDVDVVVVEDDE

2014 (Cruzeiro)
O time bicampeão, novamente treinado por Marcelo Oliveira, teve uma campanha parecida com a de 2013, quando distanciou-se dos rivais após uma grande arrancada. Entre a 9ª e a 20ª rodada, ficou invicto (ganhou 9 e empatou 3 jogos). Depois, entre a 21ª e a 28ª rodada, teve uma queda de rendimento, com 4 derrotas, 1 empate e 3 vitórias. Nas dez rodadas finais, porém, ganhou 7 e empatou 3, sendo campeão com folga.
1º turno – VEVDVVVDVVVVEEVVVVE
2º turno – VDVDVEVDDVEEVVVVVEV

2015 (Corinthians)
O time do técnico Tite foi campeão com duas grandes sequências de invencibilidade. A primeira, entre a 9ª e a 25ª rodada (12 vitórias e 5 empates) e a outra entre a 27ª e 36ª rodada (8 vitórias e 2 empates). Na campanha, teve um momento ruim no início do campeonato (um empate e duas derrotas, entre a 3ª e a 5ª rodada), após a eliminação na Libertadores. Depois, teve uma pequena queda de rendimento entre a 23ª e 26ª rodada (1 vitória, 2 empates e 1 derrota).
1º turno – VVEDDVVDVVEVVVEVEVV
2º turno – VVVEEVDVVEVVVVVEVDE

2016 (Palmeiras)
Dirigido por Cuca, o Palmeiras fez um bom primeiro turno e um ótimo returno. Entre a 14ª e 18ª rodada, porém, teve seu pior momento, quando venceu um jogo, empatou dois e perdeu outros dois. Da 18ª a 32ª rodada, ficou invicto por 15 jogos.
1º turno – VDVDVVVEVVDVVEVDDEV
2º turno – VVEVVEEVVVVEVVDVEVVV


São Paulo foi o time da Série A que mais perdeu jogadores para o exterior
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Rodolfo Rodrigues

Dos 629 jogadores que entraram em campo pelo Brasileirão de 2017, 77 deixaram as equipes, sendo que 13 deles apenas trocaram de clube na Série A. Além disso, 19 se transferiram para a Série B e 35 foram para clubes do exterior.

Dos 20 clubes da Série A, o São Paulo foi o que mais perdeu jogadores para times de fora do país (6). Já Bahia, Botafogo, Coritiba e Flamengo não tiveram baixas no elenco para clubes do exterior (reforçando que essa lista contabiliza apenas jogadores que entraram em campo no Brasileirão).

Com sete saídas, contando jogadores que deixaram o clube para algum time aqui do Brasil ou da lista de dispensados, o São Paulo também está entre aqueles que mais perderam jogadores, ao lado de Atlético-GO, Ponte Preta e Vitória.

O Corinthians, líder do Brasileirão, teve duas baixas no elenco, sendo apenas uma para o exterior: o atacante reserva Léo Jabá, oriundo das categorias de base, que foi para o Akhmat Grozny, da Rússia. O outro que saiu da equipe foi o também reserva Clayton, que voltou ao Atlético-MG após cinco meses de empréstimo.

Dos 35 jogadores da Série A que foram para o exterior, seis foram para a França, o principal destino, seguido por Argentina e Portugal, com quatro cada. Mas um fato a se destacar é que nenhum dos jogadores que saíram da Série A foram transferido para grandes clubes da Europa. O volante Douglas, do Vasco, vendido ao Manchester City-ING, acabou emprestado ao Girona, único clube espanhol a levar um brasileiro. No futebol francês, quatro brasileiros foram para o Lille (Caju, Thiago Maia, Thiago Mendes e Luiz Araújo), um para o Bordeaux (Otávio) e outro para o Nantes (Andrei Girotto). Para Portugal, nenhum foi para Porto, Benfica ou Sporting. Para o futebol italiano, houve apenas uma transferência: João Schimidt, do São Paulo para o Atalanta. Para a Inglaterra, tirando Douglas, que nem ficou por lá, o único vendido foi Richarlison, ex-Flu, para o Watford. Já a Alemanha não levou jogadores de times brasileiros nessa janela.

Os jogadores que deixaram os clubes na Série A de 2017 (até a 22ª rodada):

Atlético-GO (7)
3 para o exterior:
Felipe Garcia (G) – Moreirense-POR
Marcão (Z) – Rio Ave-POR
Everaldo (A) – Querétaro-MEX
Outros:
Eduardo Diniz (LD) – CRB (Série B)
Abuda (V) – Figueirense (Série B)
Júnior Viçosa (A) – Goiás (Série B)
Walterson (A) – Figueirense (Série B)

Atlético-MG (3)
1 para o exterior:
Rafael Carioca (V) – Tigres-MEX
Outros:
Danilo Barcelos (LE) – Ponte Preta
Maicosuel (M) – São Paulo

Atlético-PR (6)
1 para o exterior:
Otávio (V) – Bordeaux-FRA
Outros:
Marcão (Z) – Atlético-GO
Bruno Mota (M) – Náutico (Série B)
Carlos Alberto (M) – Rescidiu o contrato
Grafite (A) – Santa Cruz (Série B)
Yago (A) – Figueirense (Série B)

Avaí (3)
1 para o exterior:
Iury (A) – Zorya-UCR
Outros:
Vinícius Pacheco (M) – Fortaleza (Série C)
Denílson (A) – São Paulo

Bahia (2)
Outros:
Diego Rosa (M) – Atlético-GO
Gustavo (A) – Goiás (Série B)

Botafogo (4)
Outros:
Camilo (M) – Internacional (Série B)
Montillo (M) – Aposentou
Joel (A) – Avaí
Pachu (A) – Santa Cruz (Série B)

Chapecoense (3)
2 para o exterior:
Andrei Girotto (V) – Nantes-FRA
Rossi (A) – Shezen-CHN
Outros:
Niltinho (A) – Atlético-GO

Corinthians (2)
1 para o exterior:
Léo Jabá (A) – Akhmat Grozny-RUS
Outros:
Clayton (A) – Atlético-MG

Coritiba (0)

Cruzeiro (2)
2 para o exterior:
Caicedo (Z) – Barcelona-EQU
Ábila (A) – Boca Juniors-ARG

Flamengo (1)
Outros:
Leandro Damião (A) – Internacional (Série B)

Fluminense (3)
2 para o exterior:
Richarlison (A) – Watford-ING
Outros:
Lucas Fernandes (M) – Atlético-PR
Maranhão (A) – Ponte Preta

Grêmio (6)
4 para o exterior:
Gaston Fernández (M) – Estudiantes-ARG
Lincoln (M) – Rizesport-TUR
Pedro Rocha (A) – Spartak Moscou-RUS
Bolaños (A) – Tijuana-MEX
Outros:
Lima (V) – Ceará (Série B)
Nicolas Careca (A) – Figueirense (Série B)

Palmeiras (1)
1 para o exterior:
Matheus Iacovelli (A) – Estoril-POR

Ponte Preta (7)
2 para o exterior:
Kadu (Z) – Goztepe-TUR
Ravanelli (M) – Akhmat Grozny-RUS
Outros:
João Lucas (LE) – Figueirense (Série B)
Fábio Braga (V) – Dispensado
Xuxa (M) – Figueirense (Série B)
Negueba (A) – Dispensado
Clayson (A) – Corinthians

Santos (4)
2 para o exterior:
Caju (LE) – Lille-FRA
Thiago Maia (V) – Lille-FRA
Outros:
Rafael Longuine (A) – Coritiba
Rodrigão (A) – Bahia

São Paulo (7)
6 para o exterior:
Maicon (Z) – Galatasaray-TUR
Lucão (Z) – Estoril-POR
Thiago Mendes (V) – Lille-FRA
João Schmidt (V) – Atalanta-ITA
Luiz Araújo (A) – Lille-FRA
Chávez (A) – Boca Juniors-ARG
Outros:
Wesley (V) – Sport

Sport (5)
1 para o exterior:
Ronaldo (V) – Ohod-ARA
Outros:
Matheus Ferraz (Z) – Goiás (Série B)
Fabrício (V) – Oeste (Série B)
Neto Moura (M) – América-MG (Série B)
Leandro Pereira (A) – Dispensado

Vasco (4)
3 para o exterior:
Douglas (V) – Girona-ESP (emprestado pelo Manchester City-ING)
Bruno Gallo (V) – Qatar SC-CAT
Muriqui (A) – Guanghzou Evergrande-CHN
Outros:
Andrezinho (M) – Goiás (Série B)

Vitória (7)
4 para o exterior:
Euller (LE) – Avispa Fukuoka-JAP
Cleiton Xavier (M) – Nagoya Grampus-JAP
Pisculichi (M) – Argentinos Juniors-ARG
Pineda (A) – Santiago Wanderers-CHI
Outros:
Leandro Salino (LD) – Dispensado
Flávio (V) – Dispensado
Paulinho (V) – Dispensado

 


Flamengo: 1º grande a superar os 100 gols na temporada
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Rodolfo Rodrigues

Com os dois gols na vitória por 2 x 0 sobre o Atlético-PR, o Flamengo chegou a marca de 101 gols na temporada e se tornou o primeiro grande a superar a casa dos 100 gols em 2017. O rubro-negro, que disputou 56 jogos até aqui, tem também a melhor média de gols (1,80), à frente do Grêmio (1,75). O Fluminense, que fez 54 jogos, tem o segundo maior ataque em 2017 com 94 gols, seguido pelo Grêmio (93). O Vasco, por outro lado, é o grande com o ataque menos positivo no ano – fez apenas 44 gols em 41 jogos.

Gols feitos em 2017:

ClubeGolsJogosMédia
Flamengo101561,80
Fluminense94541,74
Grêmio93531,75
Palmeiras83501,66
Atlético-MG82521,58
Internacional79501,58
Cruzeiro78541,44
São Paulo73461,59
Santos71481,48
Corinthians68501,36
Botafogo67541,24
Vasco44411,07

.

Já entre as defesas, o Corinthians segue com a melhor marca em 2017. Em 50 jogos, o time do técnico Fábio Carille levou apenas 27 gols, média de 0,54 por partida. O Cruzeiro, de Mano Menezes, com 42 gols sofridos em 54 jogos (0,78), tem a segunda melhor média. Entre os piores, o São Paulo é quem tem a defesa mais vazada (1,39 gol por partida). Em 46 jogos no ano, o tricolor paulista levou 64 gols. Vasco (1,24) e Fluminense (1,20), são outros com médias altas de gols sofridos.

Gols sofridos em 2017:

ClubeJogosGolsMédia
Corinthians50270,54
Santos48390,81
Cruzeiro54420,78
Internacional50420,84
Grêmio53440,83
Flamengo56470,84
Vasco41511,24
Atlético-MG52531,02
Palmeiras50531,06
Botafogo54541,00
São Paulo46641,39
Fluminense54651,20

.

Em termos de aproveitamento de pontos, o Corinthians segue também como o melhor no ano entre os grandes. Em 50 jogos, foram 30 vitórias, 16 empates e apenas 4 derrotas (duas, porém, nos últimos três jogos). Com 70,7%, o alvinegro é o primeiro, seguido por Flamengo, Grêmio e Santos. O São Paulo, com apenas 47,1%, tem o pior aproveitamento entre os 12 grandes (apenas 47,1%).

Aproveitamento de pontos dos grandes em 2017:

ClubeJogosVit.Emp.Der.Aprov.
Corinthians503016470,7
Flamengo563116964,9
Grêmio5330131064,8
Santos4826121062,5
Internacional502615962,0
Palmeiras502871560,7
Cruzeiro5427161159,9
Atlético-MG5226101656,4
Fluminense5424151553,7
Botafogo5424131752,5
Vasco411791548,8
São Paulo4617141547,1

Desde 2006, 70% dos times do Z4 na 21ª rodada caíram para a Série B
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Rodolfo Rodrigues

O perigo do rebaixamento inédito no Brasileirão para o São Paulo existe, ainda mais levando-se em conta o retrospecto dos clubes que caíram para a segunda divisão desde 2006, quando o campeonato por pontos corridos passou a contar com 20 participantes. Desde então, 70,5% dos clubes que estavam na zona do rebaixamento na 21ª rodada (como a atual), acabaram caindo para a Série B (31 dos 44). Apenas 13 deles (29,5%), conseguiram se livrar da degola. Em 2012 e 2013, todos os quatro times que estavam no Z4 na 21ª acabaram caindo.

O São Paulo, 17º colocado com 23 pontos, tem hoje a mesma pontuação e campanha do Internacional, que em 2016 foi rebaixado, mas que na época ocupava a 15ª colocação. Ambos chegaram à 21ª rodada com 6 vitórias, 5 empates e 10 derrotas.

Desde 2006, a pontuação média do 17º colocado foi de 42 pontos aos final de 38 rodadas. Para superar essa marca, o São Paulo precisaria de pelo menos mais 20 pontos em 19 rodadas – um aproveitamento de 39,2%, superior ao atual de 36,5. Mas essa pontuação pode ser maior ainda, já que os rivais também estão com a pontuação próxima do São Paulo – Vitória e Avaí (18º e 19º têm 22 pontos). Em alguns anos, o 17º foi rebaixado com 45 pontos (Coritiba em 2009) e 44 pontos (Corinthians 2007, Figueirense 2008 e Portuguesa 2013). O Inter, no ano passado, caiu com 43 pontos.

Outro grande que corre risco de rebaixamento novamente é o Vasco. Com 25 pontos, o time já passou por uma situação semelhante em 2008, ano de sua primeira queda. Naquele ano, porém, o Vasco era o 13º colocado. Hoje está na 16ª posição. Nos outros dois anos em que caiu, o Vasco já estava na zona do rebaixamento na 21ª rodada (24 pontos em 2013 e apenas 13 pontos em 2015).

Entre os 13 clubes que estavam no Z4 na 21ª rodada e que conseguiram escapar, o caso mais impressionante é o do Fluminense de 2009. Dirigido por Cuca, o time tinha apenas 16 pontos (sete a menos que o São Paulo de hoje e apenas um ponto a mais do que o lanterna de 2017, o Atlético-GO). Com uma incrível arrancada, o tricolor carioca somou mais 30 pontos em 17 jogos (58,8% de aproveitamento) e terminou na 16ª colocação com 46 pontos.

Outros times que escaparam foram o Corinthians de 2006 (23 pontos); Atlético-PR (23) e Náutico (20), em 2007; Náutico (21) e Santos (19), em 2008; Botafogo (21), em 2009; Atlético-MG (21) e Atlético-GO (20), em 2010; Atlético-MG (21), em 2011; Coritiba (20), em 2014; Coritiba (22), em 2015; e Vitória (23), em 2016.

Por outro lado, dos 13 clubes que estavam fora da zona do rebaixamento na 21ª rodada e acabaram caindo, o caso que mais impressionou foi o do Guarani de 2010. O time de Campinas era o 7º colocado com 29 pontos e terminou a competição no 18º lugar com 37 pontos (somou apenas 8 pontos em 17 jogos). O Corinthians, em 2007, era o 14º colocado com 27 pontos e acabou rebaixado com 44 pontos.

Zona do rebaixamento do Brasileirão na 21ª rodada desde 2006 (em vermelho os clubes que acabaram caindo para a Série B na 38ª rodada)

AnoPos.ClubePGVED
200614ºSão Caetano25678
200617ºPonte Preta24669
200618ºCorinthians237212
200619ºFortaleza21498
200620ºSanta Cruz184611
  – –
200712ºParaná27768
200714ºCorinthians27696
200717ºAtlético-PR23588
200718ºNáutico205511
200719ºJuventude174512
200720ºAmérica-RN103117
– –
200811ºFigueirense28777
200813ºVasco257410
200817ºPortuguesa226411
200818ºNáutico216312
200819ºSantos194710
200820ºIpatinga174512
 –
200915ºSanto André24669
200916ºCoritiba226411
200917ºNáutico215610
200918ºBotafogo21498
200919ºSport164413
200920ºFluminense163711
  – – – – – –
2010Guarani29786
201015ºVitória24597
201017ºAtlético-MG216312
201018ºAtlético-GO205511
201019ºPrudente17489
201020ºGoiás174512
201113ºCeará26759
201117ºAtlético-MG216312
201118ºAvaí205511
201119ºAtlético-PR184611
201120ºAmérica-MG173810
201217ºSport194710
201218ºPalmeiras174512
201219ºAtlético-GO163711
201220ºFigueirense153612
201317ºVasco24669
201318ºPortuguesa22579
201319ºPonte Preta164412
201320ºNáutico92315
 – – – – – –
201415ºBotafogo226411
201417ºCriciúma215610
201418ºCoritiba20489
201419ºBahia20489
201420ºVitória184611
201515ºAvaí236510
201517ºGoiás22579
201518ºCoritiba22579
201519ºJoinville195412
201520ºVasco133414
201615ºInternacional236510
201617ºVitória23588
201618ºFigueirense21498
201619ºSanta Cruz195412
201620ºAmérica-MG133414
  – – – – –
201717ºSão Paulo236510
201718ºVitória226411
201719ºAvaí22579
201720ºAtlético-GO154314

Mais de Futebol em Números no twitter:
@rodolfo1975


São Paulo é o time que ficou mais rodadas no G4 desde 2003
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Rodolfo Rodrigues

Desde o início da era dos pontos corridos, em 2003, o Campeonato Brasileiro já teve 572 rodadas em suas 15 edições. E até aqui, o São Paulo é o time que mais vezes ficou entre os quatro primeiros, o chamado G4, no período – 245 rodadas. E isso que o clube, com a má campanha em 2017, não conseguiu ficar uma vez entre no G4 nesse Brasileirão – sua melhor colocação foi o 6º lugar na 3ª rodada.

O Cruzeiro, que desde o bicampeonato em 2013/14 só ficou uma rodada no G4 (na 3ª rodada de 2017, quando foi 3º), é o segundo time que mais vezes ficou entre os quatro primeiros: 216 rodadas.  Já o Corinthians, no G4 desde a 2ª rodada desse ano e líder desde a 5ª, já ficou 205 rodadas no G4 desde 2003. Com 18 pontos de vantagem sobre o 5º colocado, o Corinthians dificilmente sairá do G4 até o final do campeonato. Assim, poderá chegar a 224 rodadas acumuladas e superar o Cruzeiro. Outra chance que o Corinthians tem também é de ser o time com mais rodadas na liderança. Hoje, o Cruzeiro está à frente (109 x 100).

Grêmio e Santos, que nos últimos anos estão sempre entre os primeiros, aparecem na sequência como os times com mais rodadas no G4 desde 2003, com 187 e 181 rodadas respectivamente, seguidos por Inter (176), Palmeiras (154), Fluminense (147), Atlético-MG (141) e Botafogo (109), Flamengo (86) e Vasco (71).

Clubes que ficaram mais rodadas no G4 entre 2003 e 2017 (20ª rodada):
1º São Paulo (245)
1º (68), 2º (56), 3º (71) e 4º (50)

2º Cruzeiro (216)
1º (109), 2º (44), 3º (44) e 4º (19)

3º Corinthians (205)
1º (100), 2º (46), 3º (31) e 4º (28)

4º Grêmio (187)
1º (20), 2º (52), 3º (82) e 4º (33)

5º Santos (181)
1º (31), 2º (58), 3º (47) e 4º (45)

6º Internacional (176)
1º (17), 2º (58), 3º (49) e 4º (52)

7º Palmeiras (154)
1º (55), 2º (20), 3º (22) e 4º (57)

8º Fluminense (147)
1º (46), 2º (32), 3º (37) e 4º (32)

9º Atlético-MG (141)
1º (32), 2º (52), 3º (26) e 4º (31)

10º Botafogo (109)
1º (23), 2º (17), 3º (24) e 4º (45)

11º Flamengo (86)
1º (13), 2º (29), 3º (18) e 4º (26)

12º Vasco (71)
1º (10), 2º (21), 3º (17) e 4º (23)

13º Goiás (60)
1º (1), 2º (17), 3º (20) e 4º (22)

14º Atlético-PR (58)
1º (15), 2º (17), 3º (9) e 4º (17)

15º Coritiba (43)
1º (3), 2º (3), 3º (19) e 4º (18)

16º Ponte Preta (32)
1º (9), 2º (10), 3º (7) e 4º (6)

17º Paraná (26)
1º (1), 2º (6), 3º (11) e 4º (8)

18º Vitória (25)
1º (1), 2º (6), 3º (9) e 4º (9)

19º Sport (20)
1º (5), 2º (3), 3º (4) e 4º (8)

20º São Caetano (18)
1º (1), 2º (0), 3º (5) e 4º (12)

21º Figueirense (16)
1º (3), 2º (3), 3º (4) e 4º (6)

22º Ceará (10)
1º (0), 2º (3), 3º (4) e 4º (3)

23º Juventude (9)
1º (0), 2º (2), 3º (2) e 4º (5)

23º Náutico (9)
1º (1), 2º (1), 3º (5) e 4º (2)

25º Criciúma (6)
1º (3), 2º (1), 3º (0) e 4º (2)

25º Chapecoense (6)
1º (2), 2º (1), 3º () e 4º (3)

27º Avaí (4)
1º (1), 2º (2), 3º () e 4º (1)

27º Santa Cruz (4)
1º (2), 2º (1), 3º (1) e 4º (0)

28º Bahia (3)
1º (1), 2º (0), 3º (1) e 4º (1)

29º Guarani (1)
1º (0), 2º (1), 3º (0) e 4º (0)

29º Santo André (1)
1º (0), 2º (0), 3º (0) e 4º (1)


O histórico (ruim) dos técnicos estrangeiros no Brasileirão
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Rodolfo Rodrigues

Nessa semana, o Flamengo anunciou a contratação do técnico colombiano Reinaldo Rueda e o assunto rendeu nos noticiários as declarações de Jair Ventura, técnico do Botafogo, e Renato Gaúcho, técnico do Grêmio, que se mostram contra a vinda de treinadores estrangeiros ao Brasil. Rueda será o primeiro técnico estrangeiro no Flamengo depois do paraguaio Fleitas Solich, que dirigiu o clube pela última vez em 1971.

Em Campeonatos Brasileiros, desde 1971, o desempenho dos técnicos gringos não é bom. Desde o início do Brasileirão, poucos foram os treinadores estrangeiros que dirigiram clubes na competição (apenas 24, contando o sérvio Petkovic que treinou o Vitória por apenas quatro jogos nesse Brasileirão de 2017). Desses, o que teve o melhor desempenho foi o argentino José Poy. Ex-goleiro do São Paulo nos anos 60, Poy treinou o São Paulo de 1971 a 1976 e conseguiu ser vice-campeão em 1971 e 1973.

Outro técnico gringo que dirigiu o São Paulo com bom desempenho no Brasileirão foi o chileno Roberto Rojas, outro ex-goleiro do clube. Em 2003, ele assumiu o time interinamente após a saída do técnico Oswaldo de Oliveira e levou o São Paulo ao 3º lugar após ficar 40 jogos no comando. Em 1977, quem também fez um bom papel foi o argentino Armando Renganeschi, que levou o Londrina ao 4º lugar daquele ano.

Recentemente, na era dos pontos corridos, desde 2003, apenas 12 técnicos estrangeiros dirigiram equipes na Série A. Desses, apenas um treinou clubes em duas edições: Diego Aguirre (Inter em 2015 e Atlético-MG em 2016). No Galo, porém, treinou o time apenas na 1ª rodada. Desses 12 técnicos gringos, 11 não conseguiram terminar o Brasileirão e acabaram saindo do clube (demitidos ou não). Apenas Roberto Rojas, citado acima, conseguiu chegar à última rodada.

O uruguaio Darío Pereyra treinou Paysandu e Grêmio em 2003, mas por poucas rodadas. Em 2005, o argentino Daniel Passarella começou no comando do Corinthians, mas ficou apenas três rodadas antes de ser demitido após a goleada sofrida para o São Paulo por 5 x 1. Depois dele, o próximo técnico estrangeiro na Série A foi o uruguaio Jorge Fossatti, que dirigiu o Inter por apenas quatro rodadas em 2010. Quatro anos depois, em 2014, outros dois gringos não se deram bem aqui: o espanhol Miguel Ángel Portugal (ficou apenas cinco jogos no Atlético-PR) e o argentino Ricardo Gareca (que dirigiu o Palmeiras por nove rodadas com apenas uma vitória e sete derrotas).

Em 2015, Diego Aguirre treinou o Inter até a 16ª rodada antes de ser demitido. No mesmo ano, o colombiano Juan Carlos Osório bateu o recorde de jogos de um gringo depois de Rojas (40) e chegou a 24 dirigindo o São Paulo, mas acabou deixando o clube para treinar a seleção mexicana. Em 2016, Aguirre saiu do Atlético-MG na 1ª rodada. Bauza deixou o São Paulo após 18 jogos (foi para a seleção argentina), o português Paulo Bento ficou no Cruzeiro apenas 16 rodadas antes de ser demitido, e o português Sérgio Vieira dirigiu o América-MG por nove rodadas, onde também foi demitido. Agora, em 2017, Petkovic foi o único gringo até a chegada de Reinaldo Rueda.

Confira abaixo o desempenho dos técnicos estrangeiros no Brasileirão, desde 1971:

Alfredo González (Argentina)

AnoClubeJVEDPos.
1971Sport922519º
1974Sampaio Correa*832336º
1975Desportiva521237º
1976Desportiva1222854º
1977Vitória1243538º
1978Vitória*321029º
1978Volta Redonda*602432º
Total5515132735,2%

 

Armando Renganeschi (Argentina)

AnoClubeJVEDPos.
1976Ponte Preta2086614º
1977Londrina201046
1978Corinthians*20106412º
1979Bahia*1131750º
Total7131172351,6%

 

Daniel Passarella (Argentina)

AnoClubeJVEDPos.
2005Corinthians*3012
Total301211,1%

 

Darío Pereyra (Uruguai)

AnoClubeJVEDPos.
1997São Paulo2589813º
1998Coritiba12552
1999Atlético-MG*20938
2000Guarani*604217º
2003Paysandu*1023522º
2003Grêmio*812520º
Total8125263041,6%

 

Diego Aguirre (Uruguai)

AnoClubeJVEDPos.
2015Internacional*16565
2016Atlético-MG*1100
Total1766547,1%

 

Edgardo Bauza (Argentina)

AnoClubeJVEDPos.
2016São Paulo*1874710º
Total1874746,3%

 

Elias Figueroa (Chile)

AnoClubeJVEDPos.
1996Internacional13724
Total1372459%

 

Filpo Núñez (Argentina)

AnoClubeJVEDPos.
1977Botafogo-PB410357º
Total410325%

 

Fleitas Solich (Paraguai)

AnoClubeJVEDPos.
1971Flamengo19410514º
Total19410538,6%

 

Hugo De León (Uruguai)

AnoClubeJVEDPos.
1997Fluminense*201125º
Total201116,7%

 

Jorge Fossatti (Uruguai)

AnoClubeJVEDPos.
2010Internacional*4103
Total410325%

 

José Poy (Argentina)

AnoClubeJVEDPos.
1971São Paulo13742
1972São Paulo171124
1973São Paulo4017185
1974São Paulo24813310º
1975São Paulo2811143
1976São Paulo1344528º
1983São Paulo221354
1984Portuguesa20776
Total17778673256,7%

 

Juan Carlos Osorio (Colômbia)

AnoClubeJVEDPos.
2015São Paulo*241068
Total24106850%

 

Juan Celly (Argentina)

AnoClubeJVEDPos.
1979Itabaiana-SE1644849º
1980Itabaiana-SE930635º
1981Itabaiana-SE*610543º
1983Sergipe1442826º
Total451262731,1%

 

Miguel Ángel Portugal (Espanha)

AnoClubeJVEDPos.
2014Atlético-PR*5122
Total512233,3%

 

Pablo Forlán (Uruguai)

AnoClubeJVEDPos.
1990São Paulo*11434
Total1143445,5%

 

Paulo Bento (Portugal)

AnoClubeJVEDPos.
2016Cruzeiro*1543812º
Total1543833,3%

 

Pedro Rocha (Uruguai)

AnoClubeJVEDPos.
1987Coritiba*923412º
1998Ponte Preta*721417º
Total1644833,3%

 

Petkovic (Sérvia)

AnoClubeJVEDPos.
2017Vitória*4013
Total40138,3%

 

Ramos Delgado (Argentina)

AnoClubeJVEDPos.
1977Santos1226421º
1978Santos*622223º
Total1848637,0%

 

Ricardo Gareca (Argentina)

AnoClubeJVEDPos.
2014Palmeiras*911716º
Total1543814,8%

 

Roberto Rojas (Chile)

AnoClubeJVEDPos.
2003São Paulo40201010
Total4020101058,3%

 

Sergio Ramírez (Uruguai)

AnoClubeJVEDPos.
1993Criciúma1463514º
1994Vitória*301219º
1995União São João*711524º
Total24751236,1%

 

Sergio Vieira (Portugal)

AnoClubeJVEDPos.
2016América-MG*910820º
Total910811,1%

 

 

* Não terminaram o campeonato no comando do clube

 

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