O Atlético-MG, líder do Brasileirão, conseguiu ontem mais uma vitória no Mineirão (3 x  1 no São Paulo), com casa cheia (47.606 pagantes) e uma boa arrecadação (R$ 1.798.010,00). Desde a reinauguração do estádio, em fevereiro de 2013, essa tem sido a tona dos jogos do Galo no estádio, que vem sendo mais utilizado pelo Cruzeiro. O Atlético-MG, que manda maioria dos seus jogos no Independência, vem usando o novo Mineirão esporadicamente. Porém, quando usa, os números são bem expressivos.

Desde 2013, o Galo não perdeu como mandante no Mineirão. Em 9 jogos, foram 8 vitórias e um empate, na final do Estadual de 2015, ficando com um aproveitamento de 93,3% dos pontos. A média de público nessas nove partidas é de 49.001 e renda média é de R$ 3.900.270,00 por jogo. No Mineirão, o Galo foi ainda campeão da Libertadores de 2013, a Recopa Sul-Americana e da Copa do Brasil de 2014.

No Independência, depois da reforma, o Galo tem um total de 103 jogos (71 vitórias, 25 empates e 7 derrotas), com um aproveitamento de 77% dos pontos. Em 2015, foram 16 jogos, 11 vitórias, 3 empates e 2 derrotas (75% de aproveitamento). Também em 2015, a média de público do Atlético como mandante no Independência é de 16.056 pagantes (três vezes menos do que a média do clube no novo Mineirão) e renda média no estádio do América é de R$ 644.340,00 (seis vezes menos do que no Mineirão). Mesmo com os 20% que paga de taxa por jogo sobre a renda bruta para Minas Arena, que administra o estádio, a renda líquida do Galo ainda é muito superior.

Jogos do Atlético-MG no Mineirão, desde a reforma para a Copa do Mundo
21/04/2013 – 2 x 1 Villa Nova-MG (Mineiro)
Público: 47.625; Renda: 1.434.050

24/07/2013 – 2 x 0 Olimpia-PAR (Libertadores)
Público: 56.557; Renda: 14.176.000,00

23/07/2014 – 4 x 3 Lanús-ARG (Recopa Sul-Americana)
Público: 54.786; Renda: 5.732.000,00

15/10/2014 – 4 x 1 Corinthians (Copa do Brasil)
Público: 32.640; Renda: 1.704.425,00

05/11/2014 – 4 x 1 Flamengo (Copa do Brasil)
Público: 41.352; Renda: 4.615.660,00

26/04/2015 – 0 x 0 Caldense-MG (Mineiro)
Público: 53.772; Renda: 2.387.910,00

28/06/2015 – 1 x 0 Joinville (Brasileiro)
Público: 55.987; Renda: 1.583.045,50

08/07/2015 – 2 x 1 Sport (Brasileiro)
Público: 50.684; Renda: 1.671.325,00

29/07/2015 – 3 x 1 São Paulo (Brasileiro)
Público: 47.606; Renda: 1.798.010,00

Primeiro colocado do Brasileirão, o Atlético-MG vem fazendo uma boa campanha, com números que justificam a liderança. Com três pontos de vantagem sobre Grêmio e Sport, o Galo é o clube com mais vitórias na competição (8), mais gols (26), melhor saldo (14), melhor ataque caseiro (15), melhor ataque como visitante (11) e também o time de melhor campanha atuando fora de casa, com 66,7% de aproveitamento.

A equipe do técnico Levir Culpi é também a com menos cartões amarelos no campeonato (21 após 12 jogos), ao lado do Corinthians, que joga hoje. Além disso, o Galo é o clube que levou menos cartões amarelos por reclamações nesse Brasileiro. Dos 624 amarelos e 10 vermelhos distribuídos pelos árbitros até essa 12ª rodada, apenas um foi para o Atlético-MG. E justamente na primeira rodada, com o lateral-esquerdo Pedro Botelho.

Por outro lado, o Avaí lidera essa estatística negativa com 16 amarelos. Só ontem, na derrota para o Palmeiras por 3 x 0, no Allianz Parque, três jogadores levaram amarelos após protestarem contra a arbitragem (Roberto, Nino Paraíba e André Lima).

Cartões amarelos por reclamação
16 – Avaí
10 – Chapecoense e Vasco
9 – Atlético-PR
8 – Internacional, Santos e São Paulo
7 – Coritiba, Cruzeiro, Fluminense e Grêmio
6 – Palmeiras
5 – Figueirense, Flamengo e Ponte Preta
4 – Goiás e Joinville
2 – Corinthians
1 – Atlético-MG

Autor do gol da vitória do Atlético-MG sobre o Joinville, no Mineirão, na 9ª rodada, o zagueiro Leonardo Silva alcançou a marca de 24 gols em Campeonatos Brasileiros. Com isso, tornou-se agora o segundo zagueiro com mais gols na história da competição desde 1971, atrás apenas de Antônio Carlos, que estava no São Paulo e hoje defende o Fluminense, autor de 28 gols.

Leonardo Silva marcou 2 gols pelo Palmeiras (entre 2005 e 2006), 1 pelo Juventude (2007), 1 pelo Vitória (2008), 3 pelo Cruzeiro (2009 e 2010) e 17 pelo Atlético-MG (desde 2011) no Brasileirão.

Leonardo Silva, que completou 36 anos no último dia 22, atingiu também uma marca importante no Atlético-MG. Pelo Galo, já são 21 gols, mesmo número do ídolo Luisinho, que defendeu o clube nos anos 80. Além disso, Léo Silva está a apenas um do recordista Réver, que marcou 22 gols pelo Galo recentemente, antes de se transferir para o Internacional no início do ano.

Com 24 gols no Brasileirão, Leonardo Silva deixou para trás Chicão e Índio, que marcaram 23 gols.

Zagueiros com mais gols em Brasileiros
1º – Antônio Carlos (28 gols)
2º – Leonardo Silva (24 gols)
3º – Chicão e Índio (23 gols cada)

A vitória de 2 x 0 sobre o Universitario Sucre, ontem, no Mineirão, classificou o Cruzeiro para as oitavas de final da Copa Libertadores. A Raposa, que tinha chance de ser eliminada após a derrota na partida contra o Huracán, se recuperou e ainda ficou na primeira colocação do seu grupo.

Assim, o time mineiro manteve sua sina de nunca ter sido eliminado na fase de grupos da Libertadores. Em suas 15 edições disputadas, a Raposa sempre conseguiu passar para as oitavas de final ou fase semifinal (como era no regulamento antigo, nas décadas de 1960 e 1970).

Entre os 12 grandes do futebol brasileiro, nenhum outro conseguiu esse retrospecto até hoje. Já entre os 27 brasileiros que já jogaram Libertadores, Criciúma, Goiás, Paraná, Paysandu e São Caetano também não caíram na primeira fase (de grupos). Porém, disputaram apenas uma edição (no caso dos quatro primeiros clubes) e três edições (São Caetano).

Dos 12 grandes, quem mais caiu na primeira fase foi o Flamengo (quatro vezes). Essa marca poderá ser igualada hoje caso o São Paulo seja eliminado. Já outro grande que pode cair hoje é o Atlético-MG, que precisa vencer o Colo-Colo-CHI, em casa, por diferença de dois gols. O Inter até pode cair, mas é bem improvável. Teria que perder em casa para o boliviano The Strongest e torcer para o Emelec vencer o Universidad de Chile. Já o Corinthians é o único a cair na fase preliminar, em 2011.

O São Paulo foi eliminado pela última vez em 1987, quando coincidentemente era presidido por Carlos Miguel Aidar. Desde então, passou em todas as 13 edições, sendo campeão em três e vice em mais duas.

Retrospecto dos 12 grandes do futebol brasileiro na Copa Libertadores por fases alcançadas:

Cruzeiro – 15 edições disputadas
Títulos: 2 (1976 e 1997)
Vices: 2 (1977 e 2009)
Semifinais: 2 (1967 e 1975)
Quartas: 3 (2001, 2010 e 2014)
Oitavas: 5 (1994, 1998, 2004, 2008, 2011 e 2015*)

Atlético-MG – 7 edições disputadas
Títulos: 1 (2013)
Semifinais: 1 (1978)
Quartas: 1 (2000)
Oitavas: 1 (2014)
Fase de grupos: 3 (1972, 1981 e 2015*)

Botafogo – 4 edições disputadas
Semifinais: 2 (1963 e 1973)
Oitavas: 1 (1996)
Fase de grupos: 1 (2014)

Corinthians – 12 edições disputadas
Títulos: 1 (2012)
Semifinais: 1 (2000)
Quartas: 2 (1996 e 1999)
Oitavas: 5 (1991, 2003, 2006, 2010, 2013 e 2015*)
Fase de grupos: 1 (1977)
Fase preliminar: 1 (2011)

Flamengo – 12 edições disputadas
Títulos: 1 (1981)
Semifinais: 2 (1982 e 1984)
Quartas: 3 (1991, 1993 e 2010)
Oitavas: 2 (2007 e 2008)
Fase de grupos: 4 (1983, 2002, 2012 e 2014)

Fluminense – 6 edições disputadas
Vices: 1 (2008)
Quartas: 2 (2012 e 2013)
Oitavas: 1 (2011)
Fase de grupos: 2 (1971 e 1985)

Grêmio – 15 edições disputadas
Títulos: 2 (1983 e 1995)
Vices: 2 (1984 e 2007)
Semifinais: 3 (1996, 2002 e 2009)
Quartas: 3 (1997, 1998 e 2003)
Oitavas: 3 (2011, 2013 e 2014)
Fase de grupos: 2 (1982 e 1990)

Internacional – 10 edições disputadas
Títulos: 2 (2006 e 2010)
Vices: 1 (1980)
Semifinais: 2 (1977 e 1989)
Oitavas: 2 (2011 e 2012)
Fase de grupos: 3 (1976, 1993, 2007 e 2015*)

Palmeiras – 15 edições disputadas
Títulos: 1 (1999)
Vices: 3 (1961, 1968 e 2000)
Semifinais: 2 (1971 e 2001)
Quartas: 2 (1995 e 2009)
Oitavas: 4 (1994, 2005, 2006 e 2013)
Fase de grupos: 3 (1973, 1974 e 1979)

Santos – 12 edições disputadas
Títulos: 3 (1962, 1963 e 2011)
Vices: 1 (2003)
Semifinais: 4 (1964, 1965, 2007 e 2012)
Quartas: 3 (2004, 2005 e 2008)
Fase de grupos: 1 (1984)

São Paulo – 17 edições disputadas
Títulos: 3 (1992, 1993 e 2005)
Vices: 3 (1974, 1994 e 2006)
Semifinais: 3 (1972, 2004 e 2010)
Quartas: 2 (2008 e 2009)
Oitavas: 2 (2007 e 2013)
Fase de grupos: 3 (1978, 1982 e 1987)

Vasco – 8 edições disputadas
Títulos: 1 (1998)
Quartas: 3 (1990, 2001 e 2012)
Oitavas: 1 (1999)
Fase de grupos: 3 (1975, 1980 e 1985)

* Em andamento